Lucas Bove (PL-SP) apresentou à Justiça prints de conversas que indicariam que as marcas mostradas por Cíntia Chagas à polícia teriam sido consensuais e frutos de momentos de intimidade. Em agosto do ano passado, em uma conversa de WhatsApp, a professora enviou mensagens ao noivo falando sobre as marcas em seu corpo. Prints das conversas foram divulgados pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
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“Se for pra gente viajar, eu mato a academia e vou de manhã rsrsrsrs. E coloco esparadrapo onde está roxo, pra tomar sol. Inclusive na mordida que você me deu”, afirma ela na conversa. Em sequência, a influenciadora completa com três emojis de gargalhada.
Em outro print, dessa vez de abril de 2022, a famosa envia uma foto de seu braço com um hematoma roxo. “Isso não tem nada a ver comigo. Não tava assim, não kkkkk. E as costas, como estão? Porque eu apertei ali também”, respondeu o político. “Kkkkk. Estão ok”, afirma ela.
“Ótimo. Chegando em casa agora”, completa Lucas. Cíntia finaliza enviando um emoji de coração vermelho: “Vou entrar no banho. Até daqui a pouco”. Esse foi um dos primeiros encontros dos dois.
Os prints fazem parte do processo na Justiça que corre em sigilo. Lucas Bove sustenta que Cíntia Chagas era “adepta de apertões” e que os hematomas mostrados por ela na denúncia, registrada após o fim do relacionamento, aconteciam com consentimento. “Os dois estavam de acordo e com os mesmos interesses, não consistindo, em hipótese alguma, em agressões físicas”, afirma trecho da defesa dele.
Cíntia declarou à polícia que foi vítima de agressões desde o início da relação. Os dois ficaram juntos por dois anos. Em setembro de 2024, no relato às autoridades, Cíntia Chagas afirmou que Lucas Bove teria chegado a arremessar uma faca em sua direção, mas ele nega que tenha feito isso.
“Aliás, desde o primeiro encontro, o ex-casal, e em especial Cíntia, sempre foi adepta de ‘apertões’ durante os momentos íntimos, tanto que confere tom de piada à possibilidade acima mencionada, em que pese a suposta causa do hematoma ter sido taxativamente rechaçada pelo suplicante, ao dizer ‘isso não tem nada a ver comigo’”, justificou sua defesa.
O deputado também responde um print juntado por Cíntia Chagas sobre uma conversa que aconteceu em 31 de agosto de 2022. “Amor, para de me apertar. Sério. A gente vai acabar brigando em algum momento”, afirmou Cíntia, reclamando dos apertões. “Amor, não consigo”, responde Bove. A defesa do dele anexou outro print com o restante do diálogo. “Vai esperar dar ruim”, afirma ela. “Não. É que estou viciado nisso”, dispara ele.
O assunto voltou a ser falado pelos dois em março do ano passado. “Você tem toda razão. Vou parar. Passou do limite. Me perdoa”, declara o político. “Estou chorando de raiva. Para mesmo. Sei que não é por mal que faz, mas estou me sentindo uma idiota. Estou com muita raiva de você e de mim”, diz Cíntia. “Desculpa, amor. Você está certa. Parei, prometo. Se eu me esquecer, você me lembra com carinho. Mas vou me policiar”, afirma Lucas. “Terapia”, responde a professora.
O fato de ela ter falado que os dois iriam “acabar brigando em algum momento” e que estava “com raiva de Lucas” e dela própria” indicaria que “não se tratava de discussão e/ou qualquer espécie de reclamação por parte de Cíntia, mas sim de uma situação em que ambos estavam falando, em tom jocoso e deveras íntimo, inerente a qualquer casal, sobre a noite acalorada que haviam passado juntos”, alega a defesa.
Além de registrar um boletim de ocorrência contra o ex-marido, o deputado Lucas Bove (PL), Cíntia Chagas também pediu uma medida protetiva, que foi concedida pela Justiça, impedindo que o parlamentar se aproxime, entre em contato ou mencione a influenciadora e seus familiares em qualquer meio de comunicação.
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