Kelly Key (Reprodução/Instagram)

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‘Sigo acreditando que tudo dará certo’: conheça doença crônica que acomete Kelly Key

A cantora contou detalhes sobre seu tratamento com a psoríase, doença autoinflamatória que provoca lesões descamativas na pele

No último final de semana, Kelly Key, 41 anos, compartilhou nas redes sociais detalhes sobre seu tratamento para psoríase, doença autoinflamatória crônica que provoca lesões descamativas na pele. Na ocasião, a cantora revelou que precisou mudar de medicação há um mês, após a terapia anterior ter causado problemas no fígado.

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“No mês passado, fiz a primeira dose do imunológico. Comecei meu tratamento há alguns anos com cremes. Depois, corticoides. Por falta de sucesso, também utilizei metatrexato por três anos. Mas, no início deste ano, apesar de nos últimos três anos ter me dado super bem como o MTX, tive uma reação à medicação no fígado. Tipo uma toxicidade”, contou a famosa.

Segundo Kelly Key, o novo tratamento é promissor. “Precisei suspender e iniciei o imunológico, que promete ser uma medicação sensacional. Que assim seja! Inclusive, já fiz a segunda dose. E sigo acreditando que tudo dará certo”, afirmou.

Em conversa com o Glow News, o Dr. Matheus Rodrigues, mestre em medicina estética do Instituto Rana Saleh, explicou tudo sobre a psoríase. Entenda!

O que é psoríase?

A psoríase é uma doença autoimune, ou seja, isso significa que o sistema imunológico do corpo ataca de forma errônea as próprias células da pele. Isso resulta em um crescimento acelerado das células da pele, que normalmente levariam semanas para se formarem, mas na psoríase ocorrem em questões de dias. Essa rápida produção de células da pele leva à formação das lesões características da doença, como placas espessas, avermelhadas e escamosas na superfície da pele. Essa condição de pele apresenta uma predisposição genética que se soma aos fatores ambientais ou comportamentais para causarem as lesões.

É muito importante destacar que a psoríase não é uma doença contagiosa, então o contato com o paciente que apresenta alguma lesão não precisa ser evitado.

Apesar dessa condição de pele afetar principalmente a pele, em alguns pacientes também existe uma inflamação nas articulações, que leva a artrite psoriásica.

Quais fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico naqueles que já apresentam a doença?

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destaca que os principais fatores que podem tanto agravar a doença ou aumentar as chances de desenvolvimento são:

1. História familiar, ou seja, ter algum familiar de primeiro grau que apresente psoríase;

2. Estresse: Esse sem dúvidas é um dos fatores mais importantes e que deve sempre ser levado em conta na hora de iniciar o tratamento. Um número significativo de pacientes relatam que o aparecimento das lesões ou mesmo a piora delas acontece após um período de estresse;

3. Obesidade: O excesso de peso é visto como um dos fatores de risco para a doença, pois o que se observa é que pacientes com psoríase tendem a estar acima do peso ideal;

4. Tempo frio: Pois nesse período a pele fica mais ressecada, e o sol auxilia na melhora das lesões;

Quais os sintomas?

Atualmente nós sabemos que não existe apenas um tipo de psoríase, então ela pode se apresentar de diferentes maneiras, conforme o tipo específico e a gravidade da doença. Ela podem acometer tanto a pele de forma mais localizada ou generalizada, as unhas e o couro cabeludo.

Mas de modo geral, os sintomas mais comuns da psoríase são:

1. Placas vermelhas e escamosas na pele: A característica mais distintiva da psoríase são as placas de pele avermelhadas e escamosas. Essas placas podem variar em tamanho e aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos, pés e região lombar. Elas podem ser dolorosas, coçar e até mesmo sangrar em casos mais graves.

2. Coceira e desconforto: A psoríase também pode causar coceira na região da pele acometida, o que pode interferir nas atividades diárias dos pacientes. É importante destacar que arranhar as áreas afetadas pode piorar a coceira e até mesmo causar infecções secundárias.

3. Descamação da pele: Outro sintomas comum é a descamação da pele, pois as placas da psoríase tendem a soltar pequenas escamas esbranquiçadas ou prateadas.

4. Descamação do couro cabeludo: Os pacientes que apresentam psoríase no couro cabeludo queixam-se de descamação dessa região, semelhante aos sintomas de caspa (dermatite seborreica).

5. Alterações nas unhas: Existem casos que a psoríase pode afetar também as unhas, causando unhas mais grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma apresentando sulcos ou depressões.

6. Dor nas articulações: Algumas pessoas com psoríase também podem desenvolver artrite psoriásica, uma condição que afeta as articulações. Isso pode resultar em dor, inchaço e rigidez nas articulações, limitando a mobilidade e afetando a qualidade de vida.

A psoríase tem cura? Quais são os tratamentos para essa condição de pele?

A psoríase não tem cura, mas existem diversas medicações que podem auxiliar no controle dessa condição fazendo com que os pacientes que a apresentem tenham uma vida normal.

A escolha do tratamento vai depender do tipo e da gravidade da psoríase que o paciente apresente. É importante destacar que atualmente existem diversas opções terapêuticas disponíveis, e que é possível viver com uma pele sem ou praticamente sem lesões.

O tratamento da psoríase é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com essa condição. Algo muito importantes é o controle do fatores que podem piorar as lesões, como o estresse, a obesidade entre outros.

Tratamentos

Tratamentos tópicos: incluem cremes e pomadas que costumam ser indicados para pacientes com psoríase leve a moderada, e ajudam a conter a inflamação e a coceira.

Tratamentos sistêmicos: Em casos mais graves de psoríase, podem ser prescritos medicamentos orais ou injetáveis para suprimir a resposta imunológica e controlar a inflamação.

Tratamentos biológicos: São medicações injetáveis utilizadas nos casos de pacientes que apresentem psoríase grave. São as medicações mais recentes utilizadas no tratamento dessa condição de pele e apresentam uma excelente resposta terapêutica. Inclusive, é uma medicação dessa classe foi utilizada no tratamento do cantor Xand Avião. Os imunobiológicos, como também são chamados, estão disponíveis no SUS para os pacientes que apresentem quadros mais graves da doença.

Fototerapia: A fototerapia envolve a exposição controlada da pele à luz ultravioleta. A terapia com UVB de banda estreita e a PUVA (psoraleno mais UVA) são dois tipos comuns de fototerapia utilizados no tratamento da psoríase. Esses tratamentos ajudam a reduzir a inflamação e a velocidade de crescimento das células da pele.

Como vimos, atualmente nós temos um grande arsenal para tratar a psoríase. Mas é importante estar muito atento ao aparecimento de lesões que sejam sugestivas de psoríase, pois quanto mais precoce for feito o diagnóstico, menores serão os impactos da doença na qualidade de vida do paciente.

Por isso, caso você perceba algum dos sintomas descritos aqui, procure o seu médico.

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