Sara Mariano (Foto: Reprodução)

Sara Mariano (Foto: Reprodução)

Famosos

Saiba o que aconteceu com os acusados do assassinato de Sara Mariano

Advogado deu detalhes do processo sobre a morte da cantora gospel

Rogério Matos, advogado criminalista que representa a acusação no caso do assassinato de Sara Mariano, revelou atualizações sobre o processo em entrevista ao portal O Fuxico Gospel nesta terça-feira, 22.

+Dias de montagem! Festa de Maria Flor teve megaoperação; entenda

O caso da morte da cantora gospel envolve feminicídio, associação criminosa e ocultação de cadáver e completou um ano nesta semana.

O advogado explicou que, em setembro de 2024, a juíza da comarca de Dias D’Ávila, cidade em que aconteceu o crime, emitiu a chamada “sentença de pronúncia”. A decisão judicial aponta que há indícios de autoria e materialidade para levar os quatro acusados ao júri popular. Ederlan está entre eles, pois é apontado como o mentor intelectual do assassinato, além de outros três comparsas que teriam participado ativamente do crime.

“A juíza entendeu que existem provas suficientes para que todos eles sejam levados a julgamento. A sentença de pronúncia manteve os quatro acusados presos, como solicitado pelo Ministério Público, e isso é muito importante. Eles continuam devidamente custodiados no Complexo da Mata Escura, em Salvador, aguardando o julgamento”, afirmou Rogério Matos.

Ele reforçou ainda que o pedido de manutenção das prisões preventivas foi aceito pela magistrada, porque não há, no entendimento da Justiça, condições para que os acusados esperem o julgamento em liberdade. “Eles seguem presos e acredito que não terão chance de serem soltos antes do júri. O risco de fuga ou de reincidência em crimes semelhantes é muito grande”.

De acordo com as investigações, Ederlan foi o principal responsável por planejar a morte da cantora gospel. Matos disse que o crime foi articulado por meses. “Ele é o mentor intelectual. Ederlan planejou tudo em sua própria casa, que servia como uma espécie de quartel-general. A intenção era eliminar Sara, e isso foi feito com uma frieza assustadora”, declarou.

Segundo o advogado, o assassinato não foi apenas um feminicídio, mas também um crime qualificado por quatro agravantes: motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver. “Além de tudo isso, a denúncia também incluiu o crime de associação criminosa. O que aconteceu depois do assassinato foi horrível. Eles voltaram ao local dois dias após o crime e atearam fogo ao corpo de Sara para tentar ocultar as evidências”.

Provas e defesa dos réus

Rogério Matos ressaltou que o inquérito policial que embasou a acusação é longo, com mais de 700 páginas, e conta com provas sólidas que garantem uma condenação no júri popular. “Esse inquérito foi muito bem feito. Temos provas incontestáveis: metadados, imagens de pedágios, localização de GPS e depoimentos. Não precisamos que os réus confessem o crime, pois o que temos é mais do que suficiente para levá-los ao tribunal e garantir uma condenação”, disparou.

Contudo, o especialista citou que, ao longo do processo, Ederlan fez uma confissão parcial, confessando sua participação de forma superficial. Além disso, outros envolvidos, como Wesley Pablo, conhecido como Bispo Zadoque, escolheram continuar em silêncio, o que é um direito previsto pela lei. “A estratégia de defesa de Ederlan agora é negar participação no crime. Ele tenta passar a ideia de que não teve envolvimento direto, mas as provas dizem o contrário”.

Depois da sentença de pronúncia, as defesas dos acusados

Após a sentença de pronúncia, as defesas dos acusados manifestaram recursos. Matos disse que esse é um trâmite comum, mas que não altera o fato de que os quatro acusados continuarão presos até que o tribunal decida sobre os recursos e o julgamento seja marcado.

“Todos os recursos já foram apresentados e agora estamos na fase de contrarrazões. Após isso, o processo sobe para o Tribunal de Justiça da Bahia para que o recurso seja julgado. Somente depois dessa etapa é que será possível marcar a data do júri popular”, disse o criminalista.

Ele acredita que, ainda com a possibilidade de atrasos, o julgamento deve ocorrer dentro do período de um ano. “Pode ser que leve mais um ano para o júri ser marcado, mas o mais importante é que a justiça tem mantido esses criminosos presos. A prisão preventiva deles é essencial, pois não há a menor condição de que fiquem em liberdade. São pessoas extremamente perigosas.”

A família de Sara Mariano

O advogado também falou a respeito o impacto do crime na família da cantora gospel. “Eu converso com a mãe e a irmã de Sara quase diariamente. A dor delas é imensa e o sofrimento é constante. Elas querem justiça, e a nossa luta é para garantir que esses assassinos sejam condenados”, afirmou.

O caso também repercutiu na comunidade gospel. Ela era muito conhecida na região e segundo laudos periciais, foi morta de maneira brutal, recebendo 22 facadas. “O crime chocou não só a família, mas toda a comunidade gospel. As pessoas ainda estão em choque pela crueldade e premeditação desse assassinato”.

O advogado completou a entrevista ressaltando que acredita na condenação dos acusados no júri popular. “É um processo forte, cheio de provas. Temos muita confiança de que o júri vai condená-los. A justiça já foi feita até aqui, mantendo-os presos, e agora seguimos na expectativa de uma sentença justa no tribunal”, finalizou.

Ederlan e Bispo Zadoque (Fotos: Reprodução)

Ederlan e Bispo Zadoque (Fotos: Reprodução)

Deu ruim ou deu bom? Rafael Cardoso é criticado na web e Virginia é elogiada por criação das Marias

Acompanhe os boletins informativos do Glow News com apresentação de Matheus Baldi ao longo do dia e saiba tudo que acontece no mundo dos famosos!