Jéssica Vitória Canedo, Whindersson Nunes (Reprodução/Instagram)

Jéssica Vitória Canedo, Whindersson Nunes (Reprodução/Instagram)

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Polícia identifica jovem que incentivou suicídio de Jéssica e revela se perfis de fofoca serão indiciados por morte

Jéssica Vitória Canedo tirou a própria vida no fim do ano passado, após sofrer ataques por ter supostas conversas com Whindersson Nunes divulgadas

A Polícia Civil de Minas Gerais promoveu uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 06, após concluir as investigações sobre a morte de Jéssica Vitória Canedo, que tirou a própria vida após sofrer ataques virtuais por ter supostas conversas com o humorista Whindersson Nunes divulgadas. As informações são do Portal LeoDias.

As autoridades concluíram que a própria jovem foi quem criou as conversas e as espalhou por meio de perfis falsos, também criados por ela. Além disso, a polícia esclareceu o que prevê a lei em relação aos perfis de fofoca que divulgaram os tais prints.

De acordo com os representantes da polícia civil, não há previsão legal para responsabilização das páginas de fofoca de forma culposa neste tipo de crime. As apurações ainda apontam que nenhuma das páginas divulgou a notícia com a intenção de levar Jéssica a se suicidar.

Foi destacado, ainda, que Jéssica não era uma figura pública e que a notícia foi veiculada publicamente, principalmente por conta de Whindersson Nunes, que é famoso.

“Não existe a previsão culposa deste tipo de crim. Nenhuma das páginas divulgaram a notícia com o intuito de levar Jéssica a cometer suicídio, até porque Jéssica não era uma pessoa conhecida e a notícia foi veiculada não por conta de Jéssica, mas por conta do humorista [Whindersson], que é famoso e conhecido no Brasil inteiro. Não havia dolo por parte das páginas em divulgar a notícia e levar ela a cometer esse ato”.

Além disso, as investigações se concentraram na jovem do Rio de Janeiro, que teria incentivado Jéssica a tirar sua vida. Ela foi indiciada por seu suposto envolvimento após a polícia identificar as mensagens trocadas entre as duas.

“Não estamos falando aqui de responsabilidade civil das páginas, isso é em outro âmbito, outra seara, não cabe à polícia civil apurar e nem imputar este tipo de responsabilidade. Paralelamente existe a possibilidade de uma investigação por crime contra a honra, que a jovem possa ter sofrido por pessoas que atacam e até envolvimento pela veiculação da notícia. Porém, para que tenha a apuração por este crime, é necessária uma representação por parte da família”, disseram.

Todo o caso foi conduzido pela Delegacia de Homicídios da 4ª DRPC, de Araguari, em Minas Gerais.

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