Paulo Cupertino (Foto: Reprodução)

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Paulo Cupertino vai a julgamento cinco anos após ser acusado de matar ator de ‘Chiquititas’

Preso desde 2022 pelo assassinato de Rafael Miguel e seus pais, Paulo Cupertino vai passar por júri popular

Paulo Cupertino Matias está preso desde 2022 pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele, ocorrido em 2019 na zona sul de São Paulo. De acordo com o que foi divulgado pelo Metrópoles, ele vai passar por um júri popular nesta quinta-feira, 10, a partir das 13h, no Fórum da Barra Funda, zona oeste da capital paulista.

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Em carta escrita da cadeia ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), cujo teor foi anunciado pelo Metrópoles, Paulo Cupertino justifica que os sete jurados que irão definir sua sentença, ou eventual absolvição, foram “infectados com o vírus da mídia”, fazendo referência à repercussão nacional do crime contra a família de Rafael Miguel.

“O processo veio a público em rede nacional, me expondo e colocando todo o sigilo e segredo de justiça em ‘óbito’ e, mais uma vez, contaminando meus direitos e formando e fortalecendo uma opinião pública e negativa contra mim”, declarou.

Na carta, remetida à presidência do TJSP em junho de 2023, Paulo Cupertino pede liberdade e diz ser inocente, que seus direitos foram negados, com “uma narrativa e fatos que não condizem com a verdade”.

Em pronunciamento obtido pelo Metrópoles, a promotora de Justiça Soraia Bicudo Simões Munhoz diz existirem provas e testemunhos que embasam a denúncia contra Cupertino e afirma que “caberá a análise aprofundada do mérito” aos jurados. O réu vai ser julgado por triplo homicídio, qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Eduardo José Machado, conhecido como o Eduardo da Pizzaria, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora também serão julgados no mesmo dia por ajudarem o acusado de homicídio em sua fuga. O auxílio prestado por ambos na fuga foi apurado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Isabella não irá depor na frente do pai

Isabela Tibcherani é a principal testemunha de acusação e teve a solicitação atendida de não depor na presença do pai.

Na manhã desta quinta-feira, 10, o jornalista Valmir Salaro, que acompanha o caso desde o início e tem contato com a jovem, disse durante uma participação no Encontro que ela, inicialmente, queria depor à distância, o que não foi permitido.

Porém, a filha do acusado conseguiu o direito de não confrontá-lo na sala do juri. “Ela é a principal testemunha do crime e não vai depor na frente do pai. É um pedido que ela fez através do advogado. Primeiro, ela queria depor por vídeo, mas o juiz não autorizou, então ela vai estar presente. É a primeira testemunha que vai depor hoje, mas não vai depor em frente do pai. Vai estar presente contado pros jurados e pros advogados, vai relatar detalhes do crime”, explicou ele.

“Ela é a principal testemunha de acusação. Ela não vai se resguardar, ela vai contar a verdade. Como ela disse, o garoto morreu nos braços dela”, completou Salaro.

O triplo homicídio

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), Paulo Cupertino matou o ator Rafael Miguel, que tinha 22 anos, o pai dele João Alcisio Miguel, de 52, e a mãe, Miriam Selma Miguel, 50, porque não aceitava o namoro com a filha dele, Isabela Tibcherani, na época com 18 anos.

Os crimes aconteceram em Pedreira, zona sul de São Paulo. De acordo com a denúncia, Cupertino teria disparado 13 vezes contra as vítimas. Paulo foi acusado de triplo homicídio qualificado. Após o crime, fugiu para o Mato Grosso do Sul e depois para o Paraguai. Ele foi preso escondido em um hotel na mesma região onde o crime aconteceu.

Paulo Cupertino e Rafael Miguel (Fotos: Reprodução/Polícia Civil e Reprodução)

Paulo Cupertino e Rafael Miguel (Fotos: Reprodução/Polícia Civil e Reprodução)

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