A apresentadora Luciana Gimenez, 55 anos, contou que não tem uma relação saudável com seu envelhecimento. “Odeio envelhecer desde o dia em que nasci. Acho que, a cada dia que acordo, acordo com raiva e já passei isso para os meus filhos. Nunca lidei bem com o envelhecer, só não gosto mesmo e nunca me achei bonita. Quando estou arrumada, acho que deu certo”, disse ela em entrevista ao Gshow.
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Gimenez ainda acrescentou: “Nem quero tirar a maquiagem quando chego em casa. A pessoa que acorda e se acha o máximo tem um probleminha. Mas, desde que quebrei a minha perna, está tudo ótimo! Se acordo brava, faço bastante aeróbico!”
Por que Luciana Gimenez não lida bem com o passar do tempo?
Procurado pela reportagem do Glow News, o psicólogo Alexander Bez fala sobre o assunto. Leia na íntegra:
“Quando falamos sobre envelhecimento, é essencial diferenciá-lo de outros tipos de preconceito que possuem o sufixo ‘ismo’, como racismo, xenofobia ou gordofobia. Não se trata de um preconceito, mas de um medo intrínseco ligado ao avanço da idade e à inevitabilidade da morte. Isso diferencia o envelhecimento de outras pautas sociais, pois a reação negativa não está baseada em discriminação, mas em um temor psicológico profundamente enraizado.
O envelhecimento provoca receio em quase todas as pessoas. Esse medo não é apenas sobre aparência ou habilidades perdidas, mas sobre a proximidade com o fim da vida. A mente humana associa o envelhecimento à morte, criando um desconforto generalizado.
Essa percepção explica por que tantas pessoas recorrem a procedimentos estéticos e tratamentos. Não é apenas uma busca pela beleza, mas uma tentativa de enganar o cérebro, disfarçando sinais visíveis da passagem do tempo. Contudo, enquanto as rugas podem ser atenuadas por cremes ou preenchimentos, o envelhecimento interno é inevitável.
Luciana Gimenez, por exemplo, expressa algo compreensível quando menciona que o envelhecimento a incomoda. Não é a ruga em si, mas o que ela representa: a confirmação do avanço da idade e da proximidade com limitações físicas e, eventualmente, a morte. Ainda assim, é importante destacar que cada fase da vida tem sua beleza e encanto, inclusive a velhice.
Hoje, devido aos avanços da ciência, pessoas de 50 ou 60 anos podem ter uma aparência e qualidade de vida significativamente melhores do que há décadas. Dietas balanceadas, suplementação de proteínas, controle do colesterol e outros avanços médicos permitem que essas pessoas vivam com mais saúde e vigor. É essencial adotar esses recursos para melhorar a qualidade de vida e focar em viver bem, em vez de temer o envelhecimento.
Por fim, precisamos mudar a perspectiva popular: o envelhecimento não é um preconceito ou um problema estético. É um desafio psicológico e humano, associado ao medo da finitude. Compreender isso é o primeiro passo para enfrentar esse medo e aproveitar plenamente cada fase da vida.”
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