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‘Não aceitaria convite de Bolsonaro’: Regina Duarte quer limpar imagem e voltar à TV?

A atriz de 77 anos foi secretária da Cultura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2020

Após viver momentos conturbados e se aventurar na política como secretária da Cultura do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2020, a atriz Regina Duarte, 77 anos, revelou que “hoje não aceitaria nenhum convite do ex-chefe de Estado”, mas deixa claro que não se arrepende da decisão.

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“Estou leve e tenho certeza que foi uma experiência importantíssima, mas não repetiria. Foram 74 dias suficientes para me mostrar que não era nem é a minha praia. Absolutamente. Na verdade, tenho pena de quem frequenta essa praia. Não é fácil. Então, estou fora e feliz. Aprendi muito”, disse a veterana, em entrevista a Folha de S. Paulo.

“Sempre tomei e tomo as minhas decisões. Sou muito aventureira e isso desde criança e todas as oportunidades na minha vida, encaro como um aprendizado e como uma experiência enriquecedora. Deu certo, vai me enriquecer em algum lugar e se deu errado também. Arrependimento? Não repetiria. Hoje, não aceitaria”, completa ela, que ainda afirma que continua sendo seguidora e admiradora de Bolsonaro.

Após ‘recusar’ possível convite de Jair Bolsonaro, Regina Duarte quer limpar imagem arranhada por conta da política e voltar à TV? O Glow News te explica.

A ex-secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro sempre usa bastante as suas redes sociais para espalhar fake news e gerar polêmicas. Isso acabou afetando a sua imagem, reputação e carreira.

Saída da Globo

Em fevereiro de 2020, a Globo comunicou o fim do contrato com Regina Duarte, que durou por mais de 50 anos. Segundo a emissora, o rompimento se deu em comum acordo e ocorreu devido à decisão da veterana de assumir a Secretaria Especial da Cultura do governo Bolsonaro.

“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de cinquenta anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre. E não existem palavras para expressar o tamanho da minha gratidão. Que Deus me ilumine para que eu possa agora, na Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro, honrar meus aprendizados em benefício das Artes e das Expressões Culturais da população do meu país”, declarou Regina Duarte em comunicado.

A estreia de Regina Duarte na Globo ocorreu em 1969, na novela Véu de Noiva. Desde então, foram 31 novelas, oito casos especiais e centenas de episódios em séries e minisséries na Globo.

Volta à TV

Em entrevista para a jornalista Leda Nagle, Regina revelou que não pretende voltar à TV: “Não penso em voltar à televisão. Mas claro que se surgir uma coisa que eu não tenha feito ainda, que seja uma coisa fascinante, que me desperta uma paixão. Mas gosto da ideia de dirigir teatro.”

Já ao jornal Folha de S.Paulo, ela disse ter o desejo de atuar em novelas bíblicas da Record, ao apontar alguns caminhos profissionais a seguir após se envolver em política. Regina disse que, atualmente, sente-se mais alinhada à Record TV do que à Globo, onde trabalhou por décadas.

“Não é impossível, mas é difícil, porque, depois de tanta coisa que eu já fiz, é meio improvável que alguém consiga me propor alguma coisa nova, que eu não tenha feito ainda”, afirmou a atriz.

“Se isso acontecer e for alguma coisa que para mim significa um recado importante para o meu público, para a sociedade brasileira, claro que eu vou aceitar. Eu gostaria muito de fazer uma novela evangélica na Record, eu gosto daquelas histórias, sou fascinada por aquilo, e eu sinto que não sou só eu. Muita gente gosta”, disse.

“A TV Globo repercute uma parcela da sociedade que é ‘gritalhona’, que se expõe, que está sempre nas redes sociais, nas danças, na música. É uma nova geração que está aí, e a TV Globo replica. E tem lá o seu público. Muita gente da minha época, da minha geração, reclama e não assiste mais. É o preço que se paga por não conseguir agradar a todos, como a Globo já agradou antigamente, era 100% de audiência”, refletiu ela, acrescentando que acredita que seu público seja, em maioria, formado por apoiadores do ex-presidente.

“Quem acha que a Regina pode agregar alguma coisa são os bolsonaristas, que estão comigo. Não tenho nenhum ressentimento com isso, acho que é um direito, mas tem uma confusão aí. Muitas vezes eu fui defenestrada por algumas pessoas porque elas não gostam do Bolsonaro. E eu não posso gostar? Elas querem me impedir de ser bolsonarista? É essa a ideia? Não é um tanto ditatorial?”, questionou.

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