PC Siqueira foi encontrado morto em seu apartamento na Zona Sul de São Paulo no final de dezembro, aos 37 anos. O caso foi registrado como suicídio, após um enforcamento e abuso de substâncias controladas e/ou drogas ilícitas. A morte foi testemunhada por Maria Watanabe, sua namorada. Em participação no podcast Sem Limites, de Raul Ferreira Netto, ela explicou o término da relação.
“A gente brigou no dia anterior, aquela bem tradicional, de falar besteira, de ficar com ciúme de coisas que vi no telefone dele. Um bate-boca mesmo. Como eu disse, a gente tinha terminado 2 dias antes e eu estava encaminhada a terminar de fato”, relembrou ela.
“Mas, aquela coisa, eu não ia terminar com o PC Siqueira e deixar ele sozinho, imagina, e ele sabia disso. A gente morava junto, tinha 3 bichinhos, tinha uma família, uma vida. Não era catar minhas coisas e sair de casa de um dia pro outro, como outras mulheres da vida dele fizeram. O fato de eu sair da vida dele causou uma náusea e a gente começou a discutir”, ela explicou a vida dos dois.
A mulher revelou que o youtuber tinha tomado medicações, acordou e foi beber. “No dia seguinte, ele acordou normal. Se você toma uma cartela de Rivotril ou outro remédio, você fica dopado. Só que ele acordou bem e eu falei ‘ok’, pra quem estava num surto psicótico, muito agitada. Ele desceu no bar da frente e tomou uma cachaça. Subiu, levou uma pra mim ainda e eu olhei e falei ‘putz, ele bebeu’. E foi no dia que tínhamos marcado psiquiatra”, contou Maria Watanabe.
“Eu estava me arrumando pra ir [para o psiquiatra] e ele olhou para mim e falou: ‘Maria vai ser hoje’. E era com um olhar que eu já conhecia. E, aí, quando ele me falou isso, acho que foi a despedida porque ele começou uma cadência de movimentos em função daquilo, de tirar a própria vida”, declarou.
“Eu não sou a Mulher Maravilha, eu não sou Jesus Cristo nem a mãe dele. Então eu fiquei com ele até o final e a última coisa que eu falei para ele foi ‘te amo’. Porque eu tentei falar todas frases possíveis quem fossem fazer ele ficar: falei do Lulinha, que era o cachorro dele, que era uma das coisas que ele mais amava no mundo; falei de mim; da prospecção da nossa vida futura”, revelou ela.
“Só que ele já estava começando a fazer várias forcas. Eu mandei para um amigo a foto da forca feita por um lençol porque eu já não sabia o que fazer, porque ele estava agressivo. Se ele botou na cabeça que queria fazer uma coisa, quem sou eu para parar? E poderia até respingar em mim, se ele quisesse fazer de uma outra maneira, não sei”. Depois, Maria disse que PC Siqueira não estava bem. “Ele nunca faria aquilo estando em um estado racional. O PC nunca encostou uma mão em mim. Então, foi um episódio específico, que ele não estava em si, nas faculdades mentais dele, e ele só queria cessar a própria vida”.
“Eu tentei até o último segundo. O corpo dele eu segurei, só que eu vi que tinha uma cadeira embaixo. Quando ele chutou a cadeira e caiu o peso na minha mão, vi que foi feito de uma maneira que não tinha como reverter. Nem eu vi que ele tinha pego aquela cadeira, foi tudo muito rápido. O fio, inclusive, não estava solto, não estava lá. Ele, provavelmente, deve ter pego aquele fio na hora, deve ter inventado aquele fio. Eu tinha o cuidado de não deixar nada perto que pudesse suscitar a ideia na cabeça dele. Só que eu estava exausta”, afirmou ela sobre a morte dele.