O motorista de aplicativo Diones Coelho, que ficou conhecido após atropelar o ator Kayky Brito, usou suas redes sociais para contar sobre um episódio de assédio durante uma viagem com um passageiro.
Em conversa com a jornalista Fábia Oliveira, Diones detalhou tudo o que aconteceu.
“Era sábado de madrugada, eu trabalho da tarde pra noite, e peguei um passageiro na Barra da Tijuca pra levar pra zona sul e, no decorrer, do caminho ele quis vir na frente e falei que não tinha problema nenhum. E aí no meio do caminho começou a falar coisas me assediando sexualmente, perguntando se gostava disso, se eu gostava daquilo, se eu queria fazer isso… Nem vou usar os termos”, contou.
Diones revelou que tem a cena gravada, já que usa câmera no carro e todas as suas corridas são gravadas.
“Eu fiquei bem constrangido na hora. Tenho até o vídeo, mas preferi não postar pra não expor a pessoa, mas é algo bem constrangedor. Se fosse o contrário, a pessoa relata, a gente é bloqueado pela plataforma, responde até judicialmente isso, né? Então, a gente está ali pra trabalhar, não está ali pra poder receber esse tipo de coisa, de afronta, de assédio”, disse ele.
“A gente respeita a opção sexual de cada um, mas a pessoa tem que respeitar o ambiente de trabalho do outro e não ficar com esse tipo de assédio em cima das pessoas. Eu acho isso muito errado. Me incomodou bastante, sabe? Esse assédio e as palavras que foram usadas”, desabafou.
Em uma nota, o motorista de aplicativo continuou demonstrando sua revolta:
“Quando saio para trabalhar, fazer minhas corridas, procuro prestar o melhor serviço com profissionalismo e respeito, pois não estamos ali porque queremos, mas porque precisamos trabalhar! E esse tipo de absurdo que aconteceu, é inadmissível, merecemos respeito, pois é nosso ambiente de trabalho”, escreveu ele.
“Não somos garotos e nem mulheres de programa, porque tem companheiras de trabalho que recebem assédio dentro do carro por passageiros abusados. Isso tem que parar! Nós merecemos respeito, somos pais e mães de família trabalhando para levar o sustento para dentro de casa, não estamos ali trabalhando horas e horas para pessoas virem e querer ficar de safadeza. Merecemos respeito”, concluiu.
