Rebecca Cheptegei (Foto: Reprodução/X)

Rebecca Cheptegei (Foto: Reprodução/X)

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Morre suspeito de atear fogo na ex-namorada e atleta olímpica de Uganda

Dickson Ndiema é suspeito de ter matado a atleta Rebecca Cheptegei

A morte de Dickson Ndiema foi confirmada nesta terça-feira, 10. Ele é ex-namorado da atleta de Uganda Rebecca Cheptegei, suspeito de ter ateado fogo nela e a matado. A informação é do jornal The Star, do Quênia, país onde aconteceu o assassinato.

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Segundo a agência Reuters, Dickson Ndiema estava internado em um hospital do Quênia por causa das queimaduras que sofreu no ataque que matou a ex-namorada. A atleta morreu na última quinta-feira, 05, quatro dias após o suspeito ter invadido sua casa e colocado fogo em seu corpo.

Ela tinha 33 anos e disputou a maratona nos Jogos Olímpicos de Paris em agosto, terminando na 44ª posição. “Morreu por volta das 5h30” locais, revelou Kimani Mbugua, diretor da UTI do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH) na cidade de Eldoret, no Quênia.

“Os ferimentos cobriam a maior parte de seu corpo. Isso levou à falência de múltiplos órgãos. Fizemos o nosso melhor, mas não tivemos sucesso”, afirmou. “Considerando a idade e as queimaduras em mais de 80% do corpo que ela sofreu, a esperança de recuperação era pequena”, completou.

A morte de Rebecca Cheptegei

De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito, identificado como Dickson Ndiema Marangach, invadiu no domingo, 1º, a propriedade de Rebecca Cheptegei, quando ela estava na igreja com as filhas. Ela vivia com sua irmã e duas filhas em uma casa na localidade de Endebess, no Quênia, a 25 km da fronteira com Uganda, contou seu pai, Joseph Cheptegei.

O suspeito pelo crime jogou gasolina no corpo da mulher e ateou fogo na frente de suas filhas, de 9 e 11 anos, quando elas voltaram da igreja. As informações são do jornal The Standard. O boletim policial apresenta Rebecca e Dickson como “um casal que constantemente tinha discussões familiares”.

O assassinato foi condenado pelos dirigentes do atletismo e ativistas dos direitos das mulheres. Donald Rukare, o presidente do Comitê Olímpico de Uganda, denunciou em uma publicação no X (Twitter) “um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta”. “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres”, declarou.

A confederação de atletismo do país, a ‘Athletics Kenya’, disse que “a morte prematura e trágica é uma perda profunda” e exigiu “o fim da violência de gênero”.

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