Maya Massafera (Reprodução/Instagram/Vogue)

Maya Massafera (Reprodução/Instagram/Vogue)

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Maya Massafera se revolta e diz que foi enganada pela revista Vogue

Influenciadora está na capa do editorial Vogue Pride 2024, em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIA+

Nesta sexta-feira, 31, Maya Massafera apareceu como estrela do editorial Vogue Pride 2024, da revista Vogue, em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho. Este foi o primeiro ensaio de moda da influenciadora desde seu processo de redesignação de gênero e ela compartilhou uma carta aberta sobre sua jornada de descoberta.

Porém, neste sábado, 1, Maya usou suas redes sociais para relatar que se sentiu enganada pela revista. Ela explica que a publicação havia lhe prometido uma capa na edição física principal, e não a capa de um editorial digital, que ela afirma “não ter relevância”.

“Fui enganada e feita de idiota pela revista Vogue!!! Afinal, o que esperar dessa revista que já foi acusada de racismo, homofobia… Ontem eu me senti humilhada pela revista e senti transfobia. Eles não fariam isso com meninas cis padrão. Quando eles convidaram a Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa ou Sabrina Sato (todas lindas que amo) pra capa eles não fizeram essa palhaçada!!!”, iniciou a influenciadora em uma sequência de stories.

Em seguida, ela detalhou o ocorrido. “Vamos lá: assim que Maya nasceu a Vogue me convidou para estar em um editorial e entrevista da revista de junho que é o mês da diversidade! Eu agradeci. Disse que ainda não estava e não estou mesmo, preparada para dar entrevista e a primeira vez que fosse aparecer numa revista, eu vou querer uma capa.”

A influenciadora disse que não está preparada para dar entrevistas e desmentiu os rumores de que estaria preparando um documentário sobre seu processo de redesignação sexual. “A Vogue implorou e eu recusei. Não estou preparada mesmo gente para uma entrevista. Não tem nada com documentário. Eu ainda estou muito abalada com tudo. A Vogue então disse que eu não precisaria dar a entrevista. Poderia fazer uma carta aberta e ai eu falaria só o que eu quisesse. Eu gostei, mas disse que tinha que ser capa.”, declarou.

Maya explicou então por que não gostaria de estar na capa digital: “Eles vieram então me oferecendo essas capas Dossiê ou Digital… E eu obviamente neguei na hora. Deixa eu situar vocês: eles criaram essas capas pra ganhar dinheiro e para tratar de assuntos que eles tem que falar, mas não querem por na revista principal. Porque não é o ‘padrão’ deles.”

E detalhou: “São só mulheres (maravilhosas) gordas, pretas, nordestinas, trans …. São mulheres que eu amo, a realidade do Brasil. Mas não a realidade da Vogue. Aí a Vogue faz capa digital com essas mulheres para incluir essas mulheres. Mas não se enganem, eles não dão capa digital pra Gisele Bündchen. Quem é do mercado sabe disso e já comenta sobre isso. Então não tinha porque eu aceitar a fazer essa capa digital. Não tem relevância.”

Depois de dizer não para a revista e dizer que só faria o trabalho se fosse capa principal, Maya foi para Cannes e, quando estava no festival de cinema, seu agente, que ela identificou apenas como Fernando, disse que a Vogue havia voltado atrás e lhe oferecido uma capa.

“Tinha ido pra Cannes descansar minha cabeça, sei dos meus privilégios, porem minha transição não esta sendo nada fácil. Nada mesmo. Uma festa que eu queria ir em Cannes era o Amfar. Porque apoia de alguma forma apoia minha comunidade. Eu cancelei o baile e voltei imediatamente pro Brasil para fazer a capa porque tinha que ir pra gráfica.”, relatou.

Maya contou que perguntou inúmeras vezes para seu agente se a capa não era digital, para ter certeza. Ela também conta que chegou a conversar com a diretoria da Vogue até um dia antes do lançamento da publicação e que mais uma vez, tanto a direção quanto seu agente lhe garantiram que não seria nada “digital”.

Porém, no story seguinte, Maya mostra um print da publicação feita pela Vogue: “[…] apresentamos Maya Massafera como estrela do especial digital Vogue Pride 2024”.

A influenciadora comparou seu caso com o de Naomi Campbell, afirmando que a modelo internacional ganhou fama de barraqueira por não aceitar receber menos que modelos brancas. “Podem fazer comigo o mesmo que fazem com a Naomi! Não vou aceitar injustiça por ser menina trans e quero e exijo os mesmos direitos que meninas cis!!!”, declarou.

Maya em seguida acusou a Vogue de transfobia e afirmou que vai entrar com medidas judiciais contra a revista. “A Vogue mentiu pra mim, me usou, usou da minha imagem e da minha luta!!! Vogue, não abaixo a cabeça pra vocês! Vamos pra justiça e vocês vão me dar uma capa e se responsabilizar por esse papelão e coisa transfóbica que vocês fizeram!!!!”, afirmou.

Ela ainda declarou que não recebeu nenhum pedido de desculpas da Vogue e afirmou que a revista passou o dia “lucrando” em cima dela. Maya finalizou dizendo que o veículo não tinha mais autorização para usar sua imagem em publicações nas redes sociais nem nas revistas digitais ou físicas. E afirmou que a Vogue teria que lhe dar uma capa “como combinado”.

Até o momento, a Vogue não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas retirou o termo “digital” da publicação em que Maya Massafera aparece no Instagram.

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