Na tarde de quarta-feira, 6, a apresentadora Sabrina Sato, 43 anos, que estava à espera de seu primeiro filho com o ator Nicolas Prattes, 27, perdeu o bebê na 11ª semana de gestação.

+EXCLUSIVO: Silêncio de Priscila Fantin aponta participação da atriz com o marido no ‘BBB 25’; entenda

“O paciente Sabrina Sato deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 5 de novembro, devido à não evolução da gestação, que ainda estava na 11ª semana. Ela recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira (06/11)”, informa o boletim médico do hospital.

Vale lembrar que Sabrina Sato já é mãe de Zoe, de cinco anos, fruto de seu antigo relacionamento com Duda Nagle.

Gestação tardia

Assim que veio à tona a segunda gravidez de Sabrina, uma questão foi levantada: a idade da comunicadora, que tem 43 anos. Nos dias de hoje, a gravidez de mulheres após os 40 anos é algo bastante comum, mas pode apresentar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Contudo, com os avanços da medicina, as mulheres têm cada vez mais a possibilidade de ter uma gestação saudável e natural, realizando, assim, o sonho de ter um filho.

“De acordo com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, toda gestação após os 35 anos é considerada de alto risco devido à idade materna avançada. Tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento, a incidência de gestações em mulheres de 35 anos ou mais aumentou significativamente, seja por concepção natural ou por fertilização in vitro. Atualmente, os riscos têm sido reduzidos graças ao maior acesso ao pré-natal e à melhoria dos cuidados com a saúde da mulher”, explica Fernanda Torras, médica especialista em menopausa e ginecologia regenerativa funcional, ao Glow News.

A profissional ainda afirma que, nessa faixa etária, as mulheres enfrentam maior dificuldade para engravidar devido à qualidade dos óvulos, além de uma maior taxa de abortamentos e um risco elevado de cromossomopatias, como a Síndrome de Down. “Também há um aumento nos riscos tanto para a gestante quanto para o feto, como diabetes gestacional, hipertensão durante a gravidez, partos prematuros e bebês com baixo peso ao nascer”, destaca.

“Na prática clínica, temos observado que, com o aumento da expectativa de vida da mulher e os cuidados de saúde mais avançados, é possível ter gestações com comportamento de baixo risco nessa faixa etária. Isso se deve ao fato de que muitas mulheres buscam um planejamento gestacional adequado, realizando avaliações de saúde prévias (como diabetes, obesidade, alterações tireoidianas e hipertensão), além de seguir suplementação vitamínica e adotar mudanças no estilo de vida.”

A Dra. Fernanda Torras finaliza afirmando que, com um bom planejamento e tratamento das condições de saúde antes da gestação, os riscos vêm diminuindo. “O pré-natal para gestantes acima dos 35 anos inclui o rastreamento precoce de doenças gestacionais, além de investigações cromossômicas e diagnósticos precoces, com o objetivo de prevenir complicações materno-fetais.”

Luto perinatal

O psicólogo Alexander Bez explica que Sabrina Sato pode estar passando pelo luto perinatal, que ocorre quando a mãe perde um bebê durante a gestação, no parto ou até nos primeiros dias de vida da criança.

“O luto perinatal é uma dor intensa e profunda que, muitas vezes, não é totalmente compreendida pela sociedade. Trata-se de uma perda única, pois envolve não apenas a morte de um ser amado, mas também a interrupção de um futuro sonhado, de planos e expectativas que os pais já haviam começado a construir”, afirma o profissional.

Segundo Alexander Bez, esse luto envolve sentimentos de culpa, vazio, desamparo e pode ser marcado pela dificuldade de encontrar uma rede de apoio adequada. “Muitas pessoas ao redor, mesmo com boas intenções, não sabem como reagir ou acabam minimizando essa dor, o que pode aumentar ainda mais o isolamento dos enlutados“, diz.

Para o psicólogo, é fundamental que os pais que passam por essa experiência entendam que o luto é um processo, e que cada um terá seu próprio tempo para vivenciá-lo. “A aceitação dos próprios sentimentos e o acolhimento das dores são passos importantes para a superação. Em casos como o luto perinatal, o apoio psicológico é essencial para auxiliar nesse processo de reconexão com a vida e no desenvolvimento de uma nova forma de significado. Esse apoio não apenas oferece um espaço seguro para a expressão de todas as emoções, mas também trabalha na construção de uma narrativa que respeite a memória desse filho e permita que os pais encontrem caminhos para seguir em frente.”