Para algumas pessoas, é um alívio terminar um relacionamento, seja ele um casamento ou um namoro; já para outras, é mais doloroso e envolve uma série de questões, como filhos, sentimentos e até amor. Durante o programa “Conversa com Bial”, que foi ao ar na última sexta-feira, 26, na TV Globo, a atriz Letícia Colin falou sobre o fim do casamento com Michel Melamed e revelou ter vivido um “luto”. O ex-casal, que anunciou o divórcio em julho deste ano, é pai de Uri, de 4 anos.
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“Estava sentindo um negócio, um buraco, uma dor, um sofrimento, um fim, uma incompletude… Meu analista falou: ‘Isso é o luto’. Eu disse: ‘Ah, prazer’. E ele é desconfortabilíssimo”, contou.
Colin ainda pontuou que há uma dificuldade em conviver e, ao mesmo tempo, ter a pessoa na vida profissional: “Casamento e trabalho é uma coisa muito desafiadora. Você ir para o ambiente de trabalho junto com aquela pessoa com quem você está vivendo 24 horas, que você discute a casa, o filho, a conta, o afeto, o sexo… Aí vem o trabalho também. É um desafio; são poucas pessoas que conseguem trabalhar juntas”, concluiu.
Outra artista que também revelou ter passado por esse “luto” foi a atriz Mel Lisboa. Ela contou que precisou de acompanhamento psicológico e tratamento medicamentoso após o fim do casamento com o músico Felipe Rosseno, no ano passado.
“Me separar, com certeza, foi uma das coisas mais difíceis que fiz. Foi uma dor avassaladora. Para mim, foi bem difícil”, declarou Mel durante participação no videocast “Desculpa Alguma Coisa”, apresentado por Tati Bernardi.
“A minha separação foi um processo muito repentino e inesperado, não foi construída. Não queria me separar; foi de repente e acabou”, relembrou Lisboa, que admitiu ter precisado de ajuda profissional para superar o divórcio.
“Tive que tomar remedinho, ir ao psiquiatra. Fui trabalhar, porque uma coisa que não vai mudar é o meu trabalho. Estreei meu primeiro solo nessa situação. Trabalhar ajuda porque você é obrigada a focar em outra coisa. Naquele instante em que está trabalhando, está totalmente focada naquilo, ainda mais que eu estava em processo criativo”, finalizou.
Mel Lisboa e Felipe Rosseno foram casados durante 15 anos e são pais de Bernardo, de 15, e Clarice, de 12. Atualmente, a atriz namora o fotógrafo André Hawk.
O Glow News procurou o psicólogo Alexander Bez, que explicou sobre o luto após o fim de um relacionamento.
“O medo da separação é profundamente impactante e pode se transformar em uma realidade psicológica que gera um verdadeiro “luto conjugal”. Esse processo desencadeia não apenas a dor da perda, mas uma série de sintomas de pânico que, inicialmente restritos ao contexto matrimonial, podem evoluir para um transtorno de ansiedade com episódios intensos de pânico”, começa o profissional.
Segundo Alexander Bez, psicologicamente, a separação é um dos maiores gatilhos de estresse, pois representa o fim de uma relação enquanto ainda há vida, criando um rompimento vivido como algo “fatal” para a mente. “Exceções ocorrem quando a separação se faz necessária por questões de toxicidade ou violência doméstica”, diz.
“Mesmo que motivada por “incompatibilidade emocional” e pelo fim de preferências em comum, a separação traz um fardo emocional difícil de suportar. Ela pode gerar intensas reviravoltas psicológicas e desencadear o chamado “Transtorno de Ansiedade por Separação”, frequentemente associado ao pânico”.
O psicólogo destaca que a dissolução de um relacionamento traz um vazio profundo, e esse sentimento, aliado ao desespero, pode conduzir a uma depressão, como expressou a atriz Letícia Colin ao compartilhar sua experiência.
“A perda do sonho compartilhado e das aspirações da vida a dois é intensa, e, por isso, o “luto conjugal” é mais profundo do que o simples término. É a ruptura com uma vida planejada e, por vezes, até mais difícil do que a morte, pois a pessoa continua viva e pode cruzar o caminho a qualquer momento”, ressalta.
De acordo com ele, as aspirações inconscientes alimentadas durante o relacionamento potencializam a ansiedade e o desespero emocional. O rompimento dessas expectativas e dos sonhos construídos traz uma sensação de desorientação e desalento para aqueles que vivem a separação.
“Do ponto de vista psicanalítico, é como se o aparelho mental se fragmentasse, pois há uma quebra em parte da identidade pessoal. A união envolve a “identificação conjugal” e, ao romper essa parte, a pessoa se depara com uma sensação de perda de si mesma. O “luto em vida” provocado pela separação gera sentimentos de angústia, desconforto emocional, sensação de vazio, desespero, tristeza e uma depressão muito específica. Todos esses sintomas devem ser tratados em psicoterapia, com suporte de medicação quando necessário”, completa.
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