Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza, que faleceu em julho de 1990 em decorrência de um choque séptico causado pela AIDS, se manifestou sobre as declarações polêmicas feitas por Ana Maria da Costa, suposta enfermeira que teria cuidado do artista em seus últimos meses de vida.
+ Duda Nagle é flagrado em bar com suposto novo affair, aponta portal
+ Descubra o valor e os detalhes das cirurgias plásticas de Mani Rego
A entrevista de Ana Maria ao pastor Márcio Teixeira, gravada em fevereiro, voltou a viralizar nas redes sociais nesta semana. Nela, a enfermeira afirma que Cazuza teria aceitado Jesus antes de morrer, pedindo para ela ler a Bíblia para ele e clamando por mais tempo de vida.
Após a repercussão, Lucinha Araújo foi enfática ao desmentir as alegações. Em declaração à coluna de Fábia Oliveira, a mãe do cantor classificou as informações como falsas: “Esse vídeo já é antigo, postaram novamente e é mentira. Nunca aconteceu”, garantiu.
Relato da enfermeira
Ana Maria da Costa, enfermeira que teria cuidado de Cazuza em seus últimos meses de vida, compartilhou detalhes nesta entrevista sobre o período em que trabalhou com o cantor, incluindo os encontros em que lia a Bíblia para ele.
“Eu conheci o Cazuza em 1990, 1989 pra 90, quando uma enfermeira me chamou pra ficar com um paciente. Eu fazia muito plantão particular pra poder ganhar um dinheiro a mais. Uma amiga me convidou falando que tinha um plantão pra eu fazer. Era um domingo, e eu falei ‘Ah, não, vou descansar’, não tava com vontade de ir, mas aceitei. Cheguei lá, o paciente era o Cazuza”, relembra a enfermeira.
De acordo com ela, a relação começou conturbada. “Vou te falar, é um paciente bem difícil, é um paciente com HIV positivo, ele tá em tratamento’. Fui ao quarto, conheci o paciente, normal. Me apresentei e, naquela noite, foi muito difícil, foi complicada, e falei que não queria mais voltar”, lembrou. E continuou, contando que Cazuza era agressivo. “Ele era muito agressivo nessa época. Tinha que ter todo um cuidado, só que a nossa ‘briga’ era porque ele não dormiu; me xingou, foi uma batalha. Disse que não queria voltar, mas, ao mesmo tempo, ele era muito carinhoso, pediu desculpa e perguntou: ‘Aninha, você vai voltar?’. Ele me tratou tão bem, que não tinha como eu não voltar”.
Ana relata que Cazuza alternava momentos de carinho e agressividade, mas a convivência melhorou com o tempo. “A coisa foi melhorando, mas eu também tinha gritado com ele, mas pedi desculpas a ele, a mãe. Foi bom, porque ele disse: ‘É dessas pessoas que eu gosto, não quero que ninguém tenha medo de mim’”, reforçou a enfermeira.
A enfermeira sentiu um chamado espiritual durante seu trabalho com o cantor. “O tempo foi passando e fui sentindo Deus falando comigo ‘Você precisa falar de Jesus pra essa pessoa, é um ser humano que precisa conhecer a verdade do evangelho’”, disse. “Um dia, eu vi muitas Bíblias lá, os fãs mandavam pra ele, e o Espírito Santo começou a me usar. Um belo dia, ele pediu pra eu ler a Bíblia pra ele. Fui lá e li Mateus, outros versículos também (…) Eu falei ‘Não posso te curar, mas Deus pode te curar, se for da vontade d’Ele’”, relembrou Ana.
Segundo ela, Cazuza demonstrou arrependimento e uma profunda vontade de viver: “Vi ele chorando, pedindo a Deus mais tempo de vida. Nunca tinha visto um paciente com tanta sede de viver como ele. Continuei lendo a Bíblia pra ele, vi que foi um processo de arrependimento [dos pecados]. Ele tinha consciência de que fez coisas erradas”.
Ana Maria da Costa, que supostamente acompanhou Cazuza por mais de um ano, chegando a viajar com ele aos Estados Unidos, já escreveu um livro sobre sua experiência com o cantor, “Fiz Parte Desse Show”, publicado em 1999, onde detalha momentos marcantes dessa convivência.
DNA e ‘Quarta Filha do Neymar’? Novas revelações e os bastidores do polêmico teste feito por jogador
Acompanhe os boletins informativos do Glow News com apresentação de Matheus Baldi ao longo do dia e saiba tudo que acontece no mundo dos famosos!