Após Luiza Brunet pedir a quantia de R$ 1 milhão de indenização a Lírio Parisotto por violência doméstica, cometida em junho de 2016, o empresário apresentou a sua defesa, dizendo que a ex-modelo foi incapaz de comprovar que sofreu, de fato, os danos alegados.

As informações são da jornalista Fábia Oliveira, do Metrópoles, que teve acesso com exclusividade ao processo de 79 páginas. Brunet teria deixado de apresentar documentos que atestassem que ela teve despesas médicas com o ocorrido, ou gastos com tratamentos de saúde psiquiátrica, que perdeu contratos ou coisas afins. Luiza alegou que chegou a passar por cirurgias, mas não comprovou, de fato, os procedimentos, segundo a defesa de Lírio.

Os advogados de Parisotto dizem reconhecer que a violência doméstica deve ser combatida e “ponto final”. Porém, apontam que o pedido da vítima é uma tentativa de enriquecer. Além disso, eles falam que a mãe de Yasmin Brunet utiliza suas redes sociais para atacar o ex com frequência.

Luiza não conseguiu separar o quanto seria devido por danos materiais, separando-o do valor a ser pago por danos morais. O valor pedido de indenização foi de R$ 1 milhão, o que foi questionado.

Nas páginas do processo com data de dezembro de 2023, Lírio desmente a afirmação de Luiza de que danos foram provocados, e que a mesma rapidamente restou brevemente “intacta, impecável e belíssima, como sempre”, questionando como o episódio afetou sua carreira. Por isso, ele nega a necessidade de pagamento de indenização, tanto por danos materiais quanto por danos morais.

Fábia Oliveira procurou Luiza Brunet, que se pronunciou sobre as declarações de Lírio Parisotto:

“As questões referentes a ação que visa a indenização pelos danos que o meu ex-companheiro me causou já estão sendo tratadas na Justiça. Não me causou surpresa a negativa dele em me indenizar, atitude típica de agressores poderosos que se acham acima do bem e do mal. Minha luta pelas mulheres é minha missão de vida. Não quero que outras mulheres sofram o que eu sofri. Não tem um único dia em que eu acorde e vá dormir sem lembrar do que aconteceu”, disse a ativista.

“Estão vivos na minha memória cada tapa, cada soco, cada chute e cada costela quebrada. Me lembro também de cada ofensa verbal a que fui submetida. Depois te tudo isso ainda fui alvo de diversas agressões em redes sociais, por pessoas ligadas a ele. Pessoas que depois confessaram que faziam as ofensas estimuladas por ele. Duas dessas pessoas responderam processo criminal. Uma já condenada e a outra com a sentença para ser proferida. Portanto, o dano que ele causou é enorme, justamente porque a dor da alma não sara. Se isso incomoda meu ex-companheiro, paciência. Não posso apagar o passado, mas decidi construir um futuro diferente. Pelo jeito ele nada aprendeu. Confio na Justiça e aguardarei a decisão com serenidade, completou.