A Justiça do Rio de Janeiro deve analisar a defesa a respeito da decisão sobre Érika de Souza Vieira Nunes, a mulher que levou o tio morto para uma agência bancária para receber um empréstimo. Foi determinado que ela fique isolada na Penitenciária de Bangupara.
Ana Carla de Souza Correa, advogada da sobrinha de Paulo Roberto Braga, disse que a cliente foi atacada por outras detentas como forma de represália diante da repercussão do caso. Érika foi indiciada por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. A advogada ressalta que ela teve “um surto de um efeito colateral” da depressão e só percebeu que o tio morreu quando o Samu chegou e atestou o óbito.
Uma reportagem do Fantástico conversou com parentes dos dois, como o filho dela, Lucas Nunes dos Santos, que saiu em defesa da mãe. “Minha mãe criou os seis filhos e nunca precisou roubar e enganar ninguém. Minha mãe sempre foi a nossa melhor inspiração”, afirmou.
A família apresentou relatórios médicos, assinados por psiquiatras, que a atenderam pelo plano de saúde da família. Em 2022, o médico pediu a internação psiquiátrica de Érika. Foi afirmado que a paciente é dependente de sedativos e tem quadros de depredação, pensamentos suicidas e alucinações auditivas. Em 2023, um outro psiquiatra também pediu a internação da mulher por dependência de sedativos e hipnóticos.
Fábio Souza, o delegado que investiga o caso, contestou os argumentos de que Érika não percebeu que o tio estava morto por causa da doença. Paulo foi enterrado neste sábado, 20, em um cemitério de Campo Grande, bairro vizinho a Bangu, quatro dias depois de morrer. Somente parentes de Erika compareceram ao local.