Marcelinho Carioca (Foto: Reprodução)

Marcelinho Carioca (Foto: Reprodução)

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Justiça marca julgamento de 7 réus por sequestrar Marcelinho Carioca e amiga

Marcelinho Carioca e Taís Alcântara de Oliveira, amiga do ex-jogador, foram sequestrados em dezembro do ano passado

O julgamento dos sete réus acusados de participar do sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e de Taís Alcântara de Oliveira, amiga do ex-jogador, em 17 de dezembro de 2023, em Itaquaquecetuba, Grande São Paulo.

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Os dois estavam em um cativeiro na mesma cidade e foram soltas um dia depois pela Polícia Militar (PM). De acordo com o g1, o julgamento será feito através de uma videoconferência e presidido pelo juiz Sérgio Cedano, da 2ª Vara Criminal do Fórum de Itaquaquecetuba.

A sessão judicial prevê audiência de instrução, interrogatório dos réus, debates entre acusação e defesa e depoimentos das vítimas e testemunhas. O magistrado é quem vai dar a sentença, mas não precisa ser divulgada logo em seguida depois do julgamento e pode ser comunicada até mesmo dias depois que acontecer a audiência.

Quatro dos sete acusados de envolvimento no crime foram presos. Os detidos são dois homens e duas mulheres, que foram presos em flagrante em 18 de dezembro: Jones Santos Ferreira, Wadson Fernandes Santos, Eliane de Amorim e Thauannata dos Santos. Em 2 de fevereiro de 2024, foi preso também Caio Pereira da Silva.

Além deles, Matheus Eduardo Candido Costa e Camily Novais da Silva estão sendo procurados pela polícia e podem ser julgados à revelia. Todos eles tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça. As prisões preventivas são aquelas nas quais quem é acusado de um crime fica detido até o julgamento. Eles foram denunciados pelo Ministério Público (MP) por diversos crimes, como associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.

O caso está em investigação pela Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil. De acordo com a investigação, pelo menos dez pessoas participaram do sequestro de Marcelinho e de sua amiga. A Justiça determinou que a DAS apresente mais provas do envolvimento dessas outras três pessoas investigadas. Por isso, a prisão delas ainda não foi decretada.

De acordo com a DAS, o sequestro não foi planejado e aconteceu por acaso, quando Marcelinho foi a uma comunidade em Itaquaquecetuba levar ingressos de um show para a amiga. O carro de luxo dele teria chamado a atenção dos criminosos, que decidiram abordá-los. Dois dos criminosos estavam armados.

O carro foi abandonado pelos bandidos, que levaram as vítimas para uma casa e passou a exigir dinheiro de Marcelinho, que era constantemente ameaçado de morte. Ele foi agredido com coronhadas na cabeça. Amigos e familiares do ídolo corintiano foram procurados pelos criminosos e transferiram dinheiro para os sequestradores.

Com a confirmação do sequestro de Marcelinho e Taís, a divulgação do caso na imprensa, e a busca da polícia pelos reféns, a quadrilha obrigou as vítimas a gravarem um vídeo falso. Os reféns diziam ser amantes e afirmavam ter sido pegos pelo marido da mulher. Os dois negaram ter um relacionamento. Eles disseram isso à polícia, e em entrevista ao g1 e ao Fantástico. O ex-companheiro da mulher também foi ouvido pela DAS e pelo g1 e afirmou não ter nenhum envolvimento com o caso.

O vídeo falso foi divulgado nas redes sociais pelos bandidos. De acordo com a DAS, o objetivo era o de atrapalhar a investigação para dificultar os trabalhos da polícia na localização de Marcelinho e Taís. A Polícia Militar encontrou os dois após receber denúncias anônimas do local do cativeiro em Itaquaquecetuba. Um vídeo, obtido pelo g1 e pelo Fantástico, revela o momento em que policiais militares veem o ex-jogador e a amiga na casa. Ele estava com uma toalha na cabeça, chorou quando viu os agentes e abraçou um.

“A todo momento, aquele apavoro. Um pegava uma arma: ‘Já viu isso aqui? Já brincou de roleta-russa?’ E girava. Colocaram a arma por baixo da toalha, aí senti aquela coisa gelada”, relembrou o ex-jogador em entrevista ao Fantástico. A moça estava deitada na cama. Ela é funcionária da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, onde o ex-atleta foi secretário até janeiro de 2024. “O tempo todo eles pediam só para passar senha de Pix, essas coisas. Eles pegaram meu celular, provavelmente devem ter olhado o banco e, vendo que não tinha saldo, estavam mais pedindo para o Marcelo”, disse Taís ao g1.

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