Nesta terça-feira, 27, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu encerrar as investigações contra o médico Renato Kalil, que foi acusado de lesão corporal e violência psicológica durante o parto da influenciadora Shantal Verdelho.
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A maioria dos ministros entrou em consenso de que não houve comprovação de violação dos princípios éticos por parte do médico, nem mesmo de atuação sem os devidos cuidados da boa prática médica ou de qualquer desrespeito à vontade da paciente.
De acordo com um dos relatores do caso, o ministro Ribeiro Dantas, não houve indícios de crime de violência psicológica. Porém, elementos técnicos apontaram a possibilidade de ocorrência das lesões corporais, o que poderia justificar uma análise mais aprofundada do caso.
Contudo, o ministro Joel Ilan Paciornik discordou de Dantas, defendendo que os elementos reunidos para análise não levam à conclusão de que Renato Kalil tenha ultrapassado os limites da autonomia médica. A maioria do colegiado concordou com o magistrado.
“Não vejo elementos que evidenciem que o médico tenha se afastado da boa prática médica e dos princípios da ética e do cuidado, ou que tenha desrespeitado a vontade da paciente”, afirmou Paciornik.
O Glow News entrou em contato com Shantal Verdelho, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno da influenciadora.
Relembre o caso
No fim de 2021, vídeos vazados na web mostraram Renato Kalil proferindo xingamentos e palavrões durante o parto da filha de Shantal: “Ela não faz força, essa viadinha!”; “Ficou toda arrebentada”; e “Vou ter que dar um monte de pontos na perereca dela” foram algumas frases.
A influenciadora deu detalhes do episódio em entrevista ao Fantástico (Globo). Shantal teria optado por não fazer uma episiotomia, incisão na região do períneo para facilitar a passagem do bebê, recomendada apenas em partos de risco.
Ela contou que nem ela nem o marido, Mateus Verdelho, haviam percebido a gravidade da situação até assistir o vídeo do parto. Ao perceberem, os dois pediram a instauração de um inquérito policial para investigar a conduta de Renato Kalil.
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