A jovem que afirmou ter sido pedida em casamento por um sequestrador do Hamas disse ter sido forçada a andar de mãos dadas com ele sempre que mudavam de um cativeiro. Isso seria para que os dois ‘parecessem um casal’. Além disso, a israelense também era forçada a usa um hijab, vestimenta islâmica para as mulheres.
Os terroristas transferiram Noga Weiss de local de cativeiro várias vezes nos 50 dias em que ela esteve nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza. A moça de 18 anos e sua mãe, Shiri, de 53 anos, estavam entre as 240 pessoas levadas à força para Gaza em 7 de outubro, depois que terroristas invadiram Israel pela Faixa de Gaza e atacaram um festival de música e os seus arredores.
“Eles trouxeram cartas para jogarmos e eu disse a mim mesma: Vou jogar com eles e fazer o que quiserem, desde que não atirem”, afirmou Noga em entrevista na semana passada à Keshet 12 News. “O humor deles mudava rapidamente. Num minuto eles brincavam conosco e riam, no outro eles entravam com uma arma. Você sempre tinha que agradá-los”, completou.
O sequestrador disse, depois de dias, que estava levando a mãe da moça para que ela pudesse consentir o casamento. “Achei que ela tivesse sido assassinada, pensei que estava sozinha ali. De repente, vi que ela estava viva e eu não estou estava sozinha”, lembrou a jovem, que acabaria libertada em 25 de novembro, após acordo entre o Hamas e Israel.
Shiri acabou berrando com o terrorista até entender que ela estava rejeitando a sua proposta, disse a irmã de Noga, Meytal, que também estava na entrevista à emissora israelense. Mãe e filha foram libertadas juntas. Na entrevista, Noga disse que vai se alistar nas Forças de Defesa de Israel ainda neste mês.
Ela disse ao canal israelense estava com os seus pais na casa deles no Kibutz Be’eri quando o Hamas invadiu a comunidade nas primeiras horas de 7 de outubro. Ilan Weiss, o pai de Noga, havia saído de casa às 7h15 para se juntar ao esquadrão de resposta de emergência do kibutz. Ilan morreu naquele dia. Acredita-se que o Hamas mantenha os seus restos mortais em Gaza, de acordo com o Times of Israel. Enquanto isso, Noga e Shiri se protegeram no “cômodo seguro” da casa.
“Eles começaram a atirar na porta, algo em torno de 40 tiros, até conseguirem entrar”, disse a jovem. “Tínhamos visto conversas no WhatsApp e entendemos o que estava acontecendo. As pessoas escreviam que sua casa estava pegando fogo e depois pararam de responder”, completou.
“Fui para debaixo da cama e eles entraram e a levaram (Shiri). Depois que a levaram para fora, ouvi tiros. Achei que ela tinha sido assassinada e não sequestrada”, afirmou. As irmãs mais velhas de Noga, Meytal, de 26 anos, e Ma’ayan, de 23, moravam em apartamentos de estudantes numa parte diferente do kibutz e não chegaram a correr perigo.
Noga conseguiu escapar da investida inicial e tentou se esconder em arbustos próximos, mas foi rapidamente localizada pelos terroristas. “Algo em torno de 40 terroristas me cercaram com Kalashnikovs. Eles amarraram minhas mãos atrás das costas. Enquanto me levavam, vi os corpos de pessoas que conhecia do kibutz. Poucos minutos depois, eles me colocaram num carro e começaram a dirigir”, contou.
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