O motorista de aplicativo Gilberto Nogueira conseguiu uma autorização judicial para visitar sua esposa, Daiane dos Santos Farias. A profissional de beleza está recolhida na Penitenciária de Mogi Guaçu (SP). A mulher foi condenada em maio, a quatro anos de prisão no regime fechado por cortar o pênis do marido com uma navalha de sobrancelha e jogar o órgão no vaso sanitário, dando descarga e impedindo que seja reimplantado. As informações foram divulgadas pela coluna True Crime, do jornal O Globo.
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Daiane confessou que amputou o órgão de Gilberto por vingança durante o julgamento, porque ele estava tendo um caso com sua sobrinha de 15 anos. Depois do ocorrido, o homem não queria vê-la mais. Contudo, após alguns meses, a mulher escreveu uma carta pedindo perdão. Ele a perdoou e acabou se declarando, dizendo que a amava mais do que antes. Os dois voltaram, trocando cartas de amor.
Contudo, o motorista de aplicativo comprou uma cinta-peniana e tentou marcar uma visita íntima para usar o acessório com a mulher na penitenciária. Entretanto, a direção da cadeia não autorizou a entrada dele, por ele ser a vítima no processo penal da esposa.
Existia também o receio de que o homem poderia estar planejando uma vingança contra Daiane. A direção da prisão desconfiava da rapidez com que ele a perdoou. Além do mais, existem casos em que maridos matam suas esposas dentro de penitenciárias de São Paulo por vingança ou ciúmes.
Um exemplo aconteceu em 2022, Wellys Lopes Ribeiro, de 35 anos, detento da Penitenciária I Nestor Canoa, em Mirandópolis (SP), enforcou Patrícia Lopes Ribeiro, de 31, durante uma visita íntima. O assassinato aconteceu por volta das 13h e só foi descoberto ao final da visita, às 17h, quando ele chamou os agentes penitenciários para informar o crime. Wellys utilizou uma corda artesanal e justificou que cometeu o crime por estar sendo traído. Anteriormente, ele foi condenado por tráfico de drogas e agora responde por feminicídio.
Por causa de casos de assassinatos passionais dentro de penitenciárias, a advogada de Daiane, Tassia Mafra, teve dificuldades para convencer a Justiça das boas intenções do marido de sua cliente. A defensora reuniu diversas cartas de amor trocadas entre eles desde a condenação da mulher. Em uma delas, Gilberto disse que merecia o que aconteceu, já que traía Daiane, que sempre foi amorosa e dedicada. O homem deitou com a própria sobrinha cama do casal, no dia do aniversário da esposa, que segundo ela, foi o estopim do crime.
Em 14 de setembro, a juíza Giuliana Casalenuovo Brizzi Herculian, da Comarca de Campinas, autorizou a visita entre o casal. O primeiro encontro deles desde que aconteceu a tragédia, em dezembro de 2023, está marcado para daqui a duas semanas. Contudo, a juíza não autorizou uma visita íntima.
Gilberto e Daiane vão se encontrar no parlatório da penitenciária, com uma parede de vidro os separando, sem possibilidade de beijos ou abraços. Ambos vão recorrer da decisão, insistindo no direito à visita íntima, já que oficialmente são casados.
Daiane trabalha como manicure na prisão, recebendo dinheiro ao fazer as unhas das colegas de cela. Gilberto segue ganhando a vida como frentista e motorista de aplicativo. Ele lançou ‘Sangue Quente’, seu livro de memórias, no qual revela detalhes como a traição causou a amputação do seu pênis.
A mulher demonstrou sua indignação pela negação da visita íntima em sua última carta enviada para o marido. “Não acho justo não termos o direito de fazer amor”, afirmou. “Meu amor por você, Daiane, é maior que tudo. Vai além do infinito. Nem a Justiça dos homens consegue compreender”, respondeu Gilberto.
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