Isabela Tibcherani, filha de Paulo Cupertino, fez uma declaração nesta quinta-feira, 10, em suas redes sociais. A menina testemunhou contra o pai, que é acusado de matar seu ex-namorado, o ator Rafael Miguel, que tinha 22 anos na época, e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel. O julgamento foi adiado e o depoimento da moça anulado.
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“Amigos, colegas e conhecidos que me encaminharam mensagens, eu não estou bem. Foi um dia absurdamente estressante. Cheguei no ápice do desconforto, da ansiedade. Preciso de um tempo em silêncio pra assimilar tudo. Agradeço todas as mensagens de carinho e quero muito poder falar disso com calma com vocês em outro momento”, afirmou Isabela em publicação feita nos stories do Instagram.
Depois, a moça contou aos seguidores como foi relembrar tudo o que aconteceu no julgamento. “O dia de hoje foi de longe o segundo pior dia da minha vida, passei por um desconforto emocional, uma ansiedade, uma angústia que não cabe no meu peito, ter que passar por tudo isso de novo e reviver tudo isso me deixou exausta emocionalmente. Cheguei a achar que o meu coração ia parar de tanta dor e angústia, não consigo nem explicar”, disparou ela.
“Espero que esse esforço, não só meu, mas de todas as outras pessoas envolvidas valha a pena e que toda a justiça seja feita, independente de qual for o próximo passo”, completou.
O primeiro dia de julgamento do caso foi nesta quinta-feira, 10. Além de Isabela, Vanessa Tibcherani, que é ex-companheira de Paulo Cupertino, também foi uma das testemunhas. O acusado está preso desde 16 de maio de 2022 e responde por um triplo homicídio duplamente qualificado com motivo fútil.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) declarou à revista Quem que o adiamento ocorreu, porque Cupertino destituiu, demitindo seu advogado com a justificativa de que houve uma quebra de confiança. Segundo assim, os depoimentos colhidos não são mais válidos, pois um novo júri popular será formado para o próximo julgamento, que ainda não tem data definida.
Segundo informações divulgadas pelo Metrópoles, Isabela disse que o pai é possessivo e que ele não aceitava seu relacionamento com Rafael. Além do mais, ela falou que estava na garagem de casa quando Cupertino atirou 13 vezes no seu namorado e nos pais dele em junho de 2019.
“Rafael falou ‘vamos conversar’ e segurou o portão. Meu pai disse ‘conversar nada’ e ouvi vários tiros. Me agachei, de costas para o meu pai”, disse ela no depoimento. “Me deparo com a cena de três corpos estirados, do Rafa sobre o da mãe dele. Me ajoelhei no chão, alguns sons saíam da boca dele. Eu gritava em desespero ‘fica comigo’. Lembro que um vizinho colocou a mão em meu ombro e disse ‘sinto muito’. Achava que o coração dele ainda batia, mas era o meu, acelerado pela situação”.
Antes do crime acontecer, Rafael e os pais teriam ido conversar com a família de Isabela, que tinha 18 anos na época, a respeito do relacionamento, mas a família não teve a oportunidade de conversar com Paulo Cupertino e nesta ocasião eles teriam sido mortos por ele com uma arma.
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