Na semana passada, divulguei com exclusividade que um conhecido apresentador de TV se envolveu em uma polêmica financeira envolvendo um de seus empreendimentos. Além de sua carreira na televisão, ele também é dono de uma produtora de vídeo. Antecipei que a operação financeira suspeita envolvia um diretor de TV, com quem o apresentador desenvolveu uma relação próxima. Agora, com todas as informações devidamente verificadas, posso afirmar que a vítima foi o apresentador Edu Guedes.
Após a publicação da nota, mais duas fontes me procuraram, revelando novos detalhes sobre o caso.
Foi revelado que, antes do envolvimento do diretor, o esquema de desvio e superfaturamento teria começado com um coordenador de produção, há cerca de quatro anos. Esse profissional, visto como uma espécie de braço direito de Edu Guedes na produtora, seria o principal responsável pela fraude. Outros funcionários também teriam participado pontualmente de algumas ações.
Relatos indicam que ele cobrava uma taxa para indicar fornecedores, embolsando o valor em benefício próprio.
A desconfiança de Edu Guedes teria surgido durante uma visita a um dos estúdios, onde chegou acompanhado da noiva, a apresentadora Ana Hickmann, para realizar uma sessão de fotos e algumas gravações. Ao perceber o local em condições inadequadas de limpeza, Edu questionou uma funcionária, que informou que não havia produtos para realizar a manutenção do espaço. Surpreso, o apresentador buscou informações junto a outro funcionário, revelando que ele vinha fazendo pagamentos mensais de cerca de sete mil reais para a compra de materiais de limpeza. Na mesma hora, o funcionário relatou que a quantidade de produtos recebidos não condizia com o valor pago.
Esse episódio desencadeou uma investigação interna liderada por Edu Guedes, que descobriu também um esquema de superfaturamento envolvendo materiais cenográficos, como madeira, tintas e iluminação, além de notas fiscais falsas para serviços de manutenção nunca realizados. A contratação de diárias fictícias de prestadores de serviço também veio à tona.
Segundo fontes, o coordenador de produção teria inflacionado até os valores cobrados de empresas e marcas para gravações nos estúdios de Edu.
Em uma auditoria realizada a pedido do apresentador, estima-se um rombo mensal de cerca de cem mil reais. Considerando que o esquema perdurou por quatro anos, o prejuízo total ultrapassa os quatro milhões de reais.
Edu Guedes, munido de provas, já acionou as autoridades para cuidar do caso. Pessoas próximas afirmam que ele expressou grande decepção e está determinado a buscar justiça.
Procurada, a assessoria do apresentador preferiu não se manifestar sobre o caso.