Roger e Cid Moreira (Fotos: Divulgação)

Roger e Cid Moreira (Fotos: Divulgação)

Glow News

EXCLUSIVO: Deserdado, advogado explica como filho de Cid Moreira pode tentar reverter decisão e ter direito a valor milionário

Após a morte de Cid Moreira, disputa por herança milionária voltou a ser assunto na web

Cid Moreira morreu aos 97 anos nesta quinta-feira, 03. O jornalista estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e vinha tratando uma pneumonia e um problema crônico no rim.

O filho adotivo Roger Felipe Moreira foi deserdado por Cid Moreira. Ele é sobrinho da ex-mulher de o apresentador, Ulhiana Naumtchyk, e foi adotado após uma temporada de férias na casa dos tios e passou a morar com eles depois. O jornalista também é pai de Rodrigo Moreira e foi casado por 25 anos com Fátima Sampaio.

O ex-comandante do Jornal Nacional passou os últimos anos de vida brigado com os dois filhos. Rodrigo e Roger Moreira chegaram a entrar na Justiça para que a mulher do apresentador fosse investigada por, de acordo com eles, dilapidar o patrimônio do pai. Eles justificavam que ela teria se apoderado dos bens de maneira “ilegal e abusiva”, se aproveitando da “senilidade, idade e doença de Cid”.

As acusações foram iniciadas em julho de 2021, quando Rodrigo e Roger abriram processo para pedir a interdição do pai, justificando senilidade. De acordo com eles, Fátima transferiu para a própria conta e de familiares, mais de R$ 40 milhões que eram de Cid, vendeu 11 dos 18 imóveis dele e manteve o marido em cárcere privado. Na época, o comunicador provou sua sanidade e retirou o direito de Roger à sua herança.

Agora, com a morte de Cid, voltaram os questionamentos a respeito dessa questão.

Em live com Matheus Baldi, do Glow News, nesta quinta-feira, dia 3, o Advogado Dr Francisco Gomes explicou o que pode mudar essa decisão. De acordo com o especialista, o normal seria ficar metade da herança para a esposa, ou seja R$ 20 milhões, e R$ 10 milhões para cada filho, mas neste caso será diferente. “O primeiro o filho adotivo fez um ataque contra ele, e os dois filhos atuaram juntos, pediram a interdição do Cid Moreira. Se eles interditam o Cid, ou seja, se os bens não podem ser administrados por ele, já ali perderia a gestão em vida e isso passaria para a esposa e os filhos. Eles tentaram, de certa forma, antecipar a herança”, iniciou ele.

“Na época, o Ministério Público investigou e arquivou, entenderam que o Cid Moreira estava plenamente capaz. Logo depois, o Cid fez um testamento deserdando o filho adotivo”, explicou Dr. Francisco, que destacou que a lei permite que um pai deserde um filho. O advogado ainda falou sobre uma possível chance de Roger reverter a situação. “Quando a pessoa morre, essa deserção é analisada pela Justiça. Você não pode deserdar alguém sem justificativa. O código civil prevê algumas hipóteses, quando o filho não respeita o pai, maltratada…”, declarou o advogado.

O advogado ainda detalhou o que teria que ser feito. “Abre-se um inventário, informando que há um testamento com deserção e o juiz vai analisar. Se o testamento for julgado válido, a divisão dos bens já exclui o filho que foi deserdado. Mas ele tem o direito de se manifestar”.

“Ele pode dizer que a deserção estava errada, que jamais ofendeu o pai, que não teve a intenção de ferir, que agiu de boa fé e não merecia ser deserdado”, exemplificou o advogado. “Então, o juiz vai analisar todas as provas e decidir se Roger deve ser deserdado ou não”, concluiu.

Veja um trecho:

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