Nesta terça-feira, 15, Virgínia Fonseca contou aos seguidores que estava na cidade de São Paulo para iniciar um tratamento para dor de cabeça, gerando especulações sobre sua saúde na web. Em live com o jornalista Matheus Baldi, do Glow News, nesta quarta-feira, 16, o médico Tiago de Paula, neurologista especialista em dores de cabeça que atua na clínica que acompanha a influenciadora, conversou sobre o caso de Virgínia, que já se queixa de enxaqueca há três anos.
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O neurologista começou esclarecendo que a enxaqueca é mais do que uma dor de cabeça forte. “Além da dor, tem outros sintomas que impactam a vida da pessoa. Hoje, entendemos como uma doença genética.”, explicou o Dr. Tiago de Paula. “É uma doença que a luz, o barulho, o cheiro irritam, além de deixar o sono, a atenção e a memória piores. É uma doença que impacta a vida da pessoa em todos os aspectos.”
Em seguida, o especialista explicou que por falta de conhecimento sobre o assunto, muitos médicos acabam tratando a enxaqueca apenas com medicamentos para os momentos de crise, o que não resolve a doença em si. Segundo ele, antes mesmo de se tornar paciente da clínica, Virgínia já apresentava muitos dos sintomas característicos da enxaqueca, como o aperto de dentes e fortes dores de cabeça durante a gestação.
O Dr. Tiago de Paula ainda afirmou que, apesar do fator genético envolvido, a doença pode piorar devido ao ambiente externo, como no caso de Virgínia Fonseca, que tem uma vida pública e é frequentemente exposta a situações de estresse.
Sobre o tratamento, o médico explicou que o objetivo é agir em todos os aspectos da enxaqueca e fazer com que o paciente volte o mais rápido possível para sua rotina normal. Ele deu exemplos de técnicas de primeira linha aplicados em casos crônicos, como o uso de toxina botulínica.
“A toxina botulínica é um tratamento de primeira linha para casos crônicos, como o da Virgínia, só que neste caso é um botox terapêutico, é diferente do estético, a gente aplica nos pontos nervosos para fazer profilaxia, para ensinar o cérebro a sentir menos dor”, esclarece.
Sobre o tempo de tratamento, o Dr. Tiago de Paula explicou que as fases iniciais, chamadas de “ataque”, são feitas de três em três meses, mas o que define o tempo total do tratamento é a melhora do indivíduo, que pode variar muito entre os pacientes. Segundo ele, alguns podem alcançar o resultado esperado em seis meses, mas outros podem chegar a até 4 ou 5 anos. O médico ressaltou, porém, que pelo fato da enxaqueca ser uma doença crônica, ela não tem cura, podendo ser apenas controlada para diminuir as crises e proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente.
Em seguida, ele enfatizou que o tratamento envolve diversos fatores, incluindo o psicológico: “Quando o paciente chega pra gente, ele já fez os exames para excluir as cefaleias secundárias. Já fez ressonância de crânio e já passou por outros neurologistas […]. A toxina [botulínica] é um dos tratamentos, mas se o paciente não fizer o ‘bê-á-bá’ do tratamento, que é a retirada de medicamentos que podem atrapalhar a doença, ajustes na alimentação, acompanhamento de psicologia, mudanças de hábitos… tem vários outros pontos que são fundamentais para controlar a doença.”
Questionado por Matheus Baldi se o tratamento poderia ultrapassar o valor de R$ 10 mil, o Dr. Tiago de Paula explicou que em casos mais graves sim. O jornalista ainda questionou se o investimento chegaria aos R$ 50 mil, e o médico garantiu que bem menos do que isso. O neurologista ressaltou que a clínica atende pessoas de todas as classes sociais, citando também pacientes que são professores. “Não é uma clínica pra rico”, enfatizou.
Assista a um trecho da entrevista:
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