O espetáculo Hebe, uma revista musical estreou em 8 de março e ficou em cartaz por dois meses, em São Paulo. Contudo, agora, no fim da temporada, problemas nos bastidores foram revelados, todos envolvendo o produtor do musical, Allan Oliver, de acordo com informações da revista Contigo!.
O elenco da peça protagonizada por Fefa Moreira acusa o produtor de estelionato, falta de pagamentos, desvio de dinheiro do projeto e assédio moral. Os atores afirmam que vão levar a denúncia ao Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de São Paulo (Sated-SP) e colocar o produtor na Justiça.
A alegação dos artistas é que Allan os teria enganado para a realização do musical sobre Hebe Camargo (1929-2012). O elenco teria sido convidado de maneira informal para participar da produção e foi pedido que eles mesmos investissem no espetáculo, que teoricamente ficaria em cartaz por três meses.
O produtor teria pedido que cada um do elenco contribuísse com R$ 1500, com a promessa de receber o salário da produção. Alguns profissionais não tiveram condições de pagar e outros pagaram valores mais baixos, porém o pagamento do salário não teria acontecido.
“O primeiro e o segundo mês quem pagou foi o Marcello Camargo [filho de Hebe]. O terceiro mês ele [Allan Oliver] aboliu por dizer que precisava de mais dinheiro para manter o espetáculo“, diz o ator Lucas Correa para a Contigo!. Ele afirma que nem ele nem seus colegas receberam o salário referente aos ensaios.
Segundo o elenco, o projeto teria sido vendido como uma montagem profissional com incentivo fiscal da Lei Rouanet, diversos patrocinadores e turnê. Entretanto, todos ficaram surpresos na estreia vip, quando foi realizada a primeira passagem do espetáculo e o projeto foi apresentado como uma montagem acadêmica.
Além disso, os artistas alegam negligência por parte de Oliver com a produção. “Não tinha ninguém para dirigir. A gente tinha que fazer tudo, foi um grande abandono“, lamenta a atriz Mariana Valentina. A equipe ainda relatou que o produtor não teve presença de direção cênica e que deixou a produção poucos dias após sua estreia, devido a um diagnóstico de Burnout, sendo substituído por Robson Villsac.
Outra acusação de parte do elenco envolve assédio moral. Uma das atrizes, que preferiu não se identificar, revelou que se sentia ameaçada ao conversar com Allan Oliver. “Eu tinha medo de me impor contra ele e ele me tirar do projeto“, diz ela, que foi uma das que participou sem pagar o incentivo solicitado. Outra atriz, que também preferiu não se identificar, afirma que passou por uma situação de assédio sexual.
Para completar, os artistas acusam Oliver de ter desviado dinheiro da bilheteria e dos investimentos, alegando que não viram nenhum retorno fosse na produção ou nos salários e revelando que, por vezes, tiveram que compor o figurino com itens pessoais.
Os atores decidiram expor a história para que o mesmo não acontecesse com outros profissionais do ramo. “É sobre reivindicar direitos, é o que aprendemos com a Hebe Camargo e com a Fefa“, acrescenta o ator Gabriel Mesquita. Além dos nomes citados, os artistas Sophie Boni e Vitor Soratto também endossam as acusações.
A atriz Fefa Moreira, protagonista do espetáculo, foi procurada pela Contigo!. Sem entrar em detalhes sobre o caso, ela fez apenas um desabafo: “É lamentável ver pessoas brincando com os sonhos das outras“. Marcelo Camargo, filho de Hebe, que investiu no musical, afirmou que prefere não se envolver: “Para mim é caso encerrado.”
Allan Oliver também foi procurado pela revista. A equipe informou que se reunirá com o artista e deve formalizar um retorno sobre o assunto até a próxima terça-feira, 11.
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