Donald Trump deu sua primeira entrevista a um veículo de imprensa após a tentativa de atentado neste sábado, 13. O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano nas eleições deste ano conversou a caminho da convenção republicana que se inicia nesta segunda-feira, 15, em Milwaukee, no estado Wisconsin, ele falou com repórteres do The Washington Examiner e do New York Post.
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“É uma experiência muito surreal, e você nunca sabe o que vai fazer até que uma coisa dessas aconteça”, afirmou Trump. “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”. De acordo com ele, o discurso na convenção em que ele deve ser definido como candidato do Partido Republicano também foi mudado. De início, era para ser um ataque direto ao presidente Joe Biden, candidato democrata e seu concorrente na disputa. Atualmente, ele diz que vai ser mais “unificador”.
“Quero tentar unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas. Esta é uma chance de unir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás”, declarou. A Convenção Nacional Republicana vai de 15 a 18 de julho.
O atentado sofrido por Donald Trump
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu um atentado a tiros neste sábado, 13, ao longo de um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia. O FBI identificou e matou o atirador envolvido na tentativa de assassinato, Thomas Matthew Crooks. Ele tinha 20 anos, era registrado no Partido Republicano e foi morto pelo Serviço Secreto logo após o atentado. O homem usou um fuzil AR-15, que é uma arma semi-automática semelhante à uma AK-47.
Além de Thomas, uma pessoa que acompanhava o comício morreu e outras duas ficaram gravemente feridas. Os tiros atingiram a orelha direita de Trump de raspão, poucos minutos depois que ele começou o discurso no evento, por volta das 19h15, no horário de Brasília.
O ex-presidente falava ao microfone no momento do ataque, levando a mão à orelha e se abaixando. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correm para protegê-lo no palanque, enquanto a confusão se instaura e pessoas gritam. Trump é erguido pelos agentes, levanta o punho em direção à multidão e é retirado do local pelos seguranças.
Em um comunicado, o Serviço Secreto dos Estados Unidos declarou que o agressor era um franco-atirador que fez ‘múltiplos disparos’ em direção ao palco. Ele estava posicionado em um telhado de um edifício a cerca de 200 metros do local onde acontecia o comício.