Após as críticas de Pitty, foi a vez do ator Pedro Cardoso falar o que pensa sobre Beyoncé. O ator, porém, não falou sobre a vinda da cantora ao Brasil. Ele fez um post em suas redes sociais comparando a diva com a também cantora Tracy Chapman, fazendo uma reflexão sobre artistas que “vendem” sua vida pessoal.
Pedro disse que a arte de Tracy lhe toca mais que a de Beyoncé, e que seria questão de gosto, mas ponderou o motivo pelo qual Beyoncé é muito mais consumida que Tracy.
“Desconfio que o maior sucesso comercial das “Beyonce” frente as “Chapman” se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no wikipedia: ‘Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal’.”, escreveu.
O ator disse que há, hoje em dia, um “consumo de biografia espetacularizada”, principalmente no que diz respeito à vida sexual dos artistas. Ele criticou a pouca produção de arte “pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares” e o excesso de produção de escândalos de suas intimidades.
“Não gosto nem desgosto especialmente de Beyonce mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyonce, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas.”, continuou.
Cardoso ainda atrelou o sucesso comercial de Beyoncé a um investimento milionário, ao qual a arte não se presta, e disse que a indústria lucra ao criar um comércio que se baseia na curiosidade natural das pessoas para torná-la insaciável. “Sexo vende-se mais facilmente que poesia. […] Problema para mim é se fazer um comercio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas.”
“Sem vender a vida, ‘Beyonces’ não venderiam tanto.”, finalizou.