Delegada Juliana Domingues, tenente-coronel Carlos Eduardo Costa (Reprodução/TV Globo)

Delegada Juliana Domingues, tenente-coronel Carlos Eduardo Costa (Reprodução/TV Globo)

Glow News

Delegada revela rotina de abusos por ex-marido PM: “Eu bato na delegada da Deam”

Prints de conversas entre a delegada e a amiga revelam diversos abusos, inclusive estupro

Desde 2021, a delegada Juliana Domingues, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), vinha relatando casos de abusos cometidos pelo ex-marido, o tenente-coronel Carlos Eduardo Almeida Alves Oliveira da Costa, para uma amiga. O caso foi divulgado neste domingo, 1, pelo Fantástico (Globo) e nesta terça-feira, 3, o portal g1 expôs prints das conversas de Juliana com uma amiga.

+Jojo Todynho faz revelação sobre procedimentos estéticos após cirurgia bariátrica e plásticas
+Ex-funcionário do X quebra silêncio após fechamento do escritório no Brasil

As trocas de mensagens por aplicativo ocorreram entre 2021 e 2022 e incluem relatos de agressão e estupro. Em 26 de novembro de 2021, a delegada Juliana primeiro envia foto da marca de uma agressão que sofreu e depois escreve: “Amiga, cada dia piora”.

Depois, em 2022, a delegada conta que conversou com o filho sobre as agressões que vinha sofrendo e desabafa: “Amiga, eu tô sendo estuprada direto. Eu tô um caco humano”.

O coronel Eduardo é coordenador do Departamento de Segurança Institucional do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região (Rio e Espírito Santo). Ele se casou com Juliana Domingues e, segundo os relatos, as agressões começaram em 2021, logo após a união.

O tenente-coronel responde na Justiça por estupro, injúria e violência psicológica contra a mulher. A Corregedoria Interna da Polícia Militar apura o caso e acompanha na Justiça o andamento do processo, que está sob sigilo.

Segundo o relato de Juliana, ela chegou a apanhar de cinto e foi estuprada pelo marido. Ela conta que o oficial debochava de seu posto como delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher.

“Ele falava para mim: ‘Você está vendo? Eu bato na delegada da Deam. E o que você vai fazer? Você vai fazer o quê? Você é uma reles delegada de interior. E eu trabalho com diversos desembargadores. Você acha o quê? A sua palavra contra mim é o quê?’”, lembra Juliana Domingues.

“Na época dos fatos, eu era delegada de Delegacia de Atendimento à Mulher. Eu já fui delegada de 3 unidades de Deams. Na época, eu era uma delegada de Deam. Então, isso me fez pensar muito. Antes, eu tinha vergonha, porque como que isso foi acontecer comigo? Eu sou uma delegada de Polícia. Eu trabalho com isso, e tudo isso aconteceu comigo”, conta a policial.

Carlos Eduardo não atendeu aos pedidos de entrevista e tentativas de contato do portal.

Conversas da delegada Juliana Domingues com sua amiga (Reprodução/g1)

Conversas da delegada Juliana Domingues com sua amiga (Reprodução/g1)

 

Conversas da delegada Juliana Domingues com sua amiga (Reprodução/g1)

Conversas da delegada Juliana Domingues com sua amiga (Reprodução/g1)

 

A delegada Juliana Domingues e o tenente-coronel Carlos Eduardo Almeida Alves Oliveira da Costa no casamento (Reprodução/g1)

A delegada Juliana Domingues e o tenente-coronel Carlos Eduardo Almeida Alves Oliveira da Costa no casamento (Reprodução/g1)

Lumena Aleluia revela ‘plano’ para ajudar Nego Di a sair da cadeia