Cid Moreira (Foto: Acervo Globo)

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Cid Moreira quebrou protocolo do Jornal Nacional

Jornalista faleceu nesta quinta-feira, 03

Cid Moreira morreu nesta quinta-feira, 03, aos 97 anos. O jornalista estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e vinha tratando uma pneumonia e um problema crônico no rim.

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Em reportagem do Memória Globo, ele revelou que gostava de ocupar a bancada do Jornal Nacional, que é uma posição privilegiada do jornalismo brasileiro. Ainda mais quando era necessário narrar notícias comoventes. Ele apresentou o programa cerca de 8 mil vezes ao longo de sua carreira televisiva.

O apresentador lembrou que quebrou o protocolo rígido do jornalístico da Globo em 1987, na morte do poeta e escritor Carlos Drummond de Andrade.

Gosto mais das notícias de grande impacto, de emoção, porque eu tenho sensibilidade para passar isso, e consegui passar durante todos esses anos. Quando o Drummond morreu, fizemos um ‘boa noite’ diferente. No final do jornal, sussurrei: ‘E agora, José?’ Ninguém esperava isso. Fizeram uma fila para me cumprimentar, e até hoje me sinto honrado”, relembrou Cid Moreira.

Estreia no Jornal Nacional

Cid Moreira voltou à Globo para substituir Luís Jatobá no Jornal da Globo em 1969. Ele foi escalado para a equipe do recém-lançado Jornal Nacional em setembro do mesmo ano. O programa é o 1º telejornal transmitido em rede no Brasil. O apresentador dividiu a bancada com Hilton Gomes.

Ao Memória Globo, o jornalista falou sobre o nervosismo na estreia do jornal que logo seria o principal telejornal da televisão do país. “Eu chegava no horário de fazer o jornal, não participava da redação. Eu só ia para apresentar o jornal. Naquele dia, cheguei e vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. E, para mim, era normal. Mas no dia seguinte, vi na capa do jornal O Globo: ‘Jornal Nacional…’ Aí comecei a perceber a dimensão”.

Começou uma parceria de longa data com Sérgio Chapelin dois anos depois da estreia do Jornal Nacional. Ao longo de 26 anos, Cid foi o principal rosto do jornalístico. Sua voz virou um ícone de credibilidade, e seu “boa-noite” diário marcou a vida dos telespectadores.

Já em 1996, o programa foi reformulado e trouxe novos apresentadores, William Bonner e Lillian Witte Fibe, com Cid Moreira dedicando-se à leitura de editoriais.

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