William Bonner, 60 anos, usou suas redes sociais na segunda-feira, 19, para atualizar os seguidores sobre seu quadro de saúde após o segundo diagnóstico de Covid-19. Por conta da doença, o âncora do “Jornal Nacional”, da Globo, precisou ser afastado do comando do jornalístico.
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“Obrigado pelas mensagens carinhosas. Fora a voz, ainda bem alterada, estou me sentindo bem melhor”, disse Bonner no Instagram.
O jornalista foi diagnosticado com Covid logo após voltar de férias. Ele mostrou o teste positivo aos seguidores no último dia 15 de agosto.
Vale lembrar que William Bonner já havia pegado a doença antes, em julho de 2022, após duas doses da vacina contra o vírus. “Eu tenho que dar o meu testemunho porque eu peguei Covid agora, eu queria dizer o seguinte: ter recebido as duas doses de reforço fez toda a diferença para mim e para minha mulher”, disse na época.
O jornalista da Globo ainda incentivou o público a se imunizar. “Minha filha, de quem nós pegamos provavelmente, tinha uma só dose e foi bem mais sofrido. Que fique aqui o estímulo. Se você não tomou a sua dose de reforço, vá buscar. Se tomou só a primeira, vá atrás da segunda. Faz diferença. Eu sou a prova viva”, sugeriu.
Reinfecção de Covid-19
Ao Glow News, Eduardo Medeiros, professor Associado da Disciplina de Infectologia, EPM-Unifesp e Diretor Técnico do Hospital São Paulo – Unifesp e Diretor Científico da Sociedade Paulista de Infectologia, explicou os riscos de reinfecção de Covid-19. Entenda!
“Uma infecção anterior pelo SARS-CoV-2, que é o vírus que causa Covid, embora possa proteger contra uma reinfecção e isso varia o tempo, geralmente uma infecção anterior possibilita um aumento de anticorpos e pode prevenir uma infecção até variável entre quatro e seis meses após essa infecção”, começa o especialista.
“Após isso, a imunidade vai diminuindo e você pode ter novas infecções de covid, novas infecções pelo vírus SARS-CoV-2 que provoca a Covid. E, realmente, elas são prejudiciais, a cada nove infecções, mesmo episódios que sejam leves, elas podem ter consequências a longo prazo e uma nova infecção aumenta esse risco adicional de complicações”.
Eduardo Medeiros destaca que a Covid é diferente de um quadro respiratório agudo. Embora ela tenha sintomas muito semelhantes a uma gripe, entre aspas, ela é uma doença sistêmica, ela afeta diversos órgãos, isso está muito bem já definido e também um grande problema é que ela pode levar a problemas mais crônicos de saúde.
“Tem estudos, por exemplo, que a covid pode ficar em sistema nervoso, no parênquima renal, ou mesmo pâncreas, em vários órgãos pode permanecer por um tempo muito prolongado. E isso pode gerar uma reação inflamatória mais crônica. E essa reação inflamatória mais crônica, pode causar complicações”, explica.
- Esquecimento
O que é mais estudado são as complicações neurológicas. Então muitas vezes o indivíduo pode ter um quadro chamado “covid-longa”, que é um quadro relacionado a uma infecção pelo vírus SARS-CoV, principalmente complicações que envolvem o sistema nervoso. Alterações cognitivas podem persistir muitas vezes por meses após uma infecção por covid. E reinfecções aumentam essa chance.
No caso do esquecimento, a pessoa trabalha muitas vezes em alguma atividade que requer contas ou ter uma informação anterior e ele pode esquecer disso. Ele esquece de informações importantes que antigamente ele conseguia resolver com muita facilidade. Isso vai desde memória para cálculos, que é uma coisa muito importante, até situações mais graves mesmo, a esquecer questões pessoais. E isso demora, muitas vezes, muito tempo para voltar à normalidade. Então, esse é um problema bastante sério com a Covid.
- Caso grave
Se for uma Covid mais grave, que em alguns casos requer internação, muitas vezes até uma internação em UTI, essa situação pode ser pior. Existem vários estudos mostrando que eles podem trazer sérias consequências e muitas vezes mudar até as características do indivíduo em relação às condições que ele tinha anteriormente.
É claro que essas complicações são diferentes, depende de pessoa pra pessoa, depende da doença de base, depende da idade, isto é, quanto mais debilitado, a pessoa esteja, muitas vezes um idoso, essas complicações podem ser bem mais severas.
- Reinfecção
As reinfecções podem aumentar essas complicações e, muitas vezes, um idoso que precisa ficar acamado em decorrência de uma infecção pela Covid, muitas vezes não consegue se recuperar totalmente. Então, realmente, a reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2 pode trazer resultados realmente bastante ruins na evolução e, principalmente nos idosos imunodeprimidos, isso pode ter consequências mais graves.
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