Na última quinta-feira, 28, estreou no Globoplay o documentário sobre a vida do cantor Belo, de 50 anos. Com quatro episódios, a série ‘Belo, Perto Demais da Luz’ convida os fãs do artista a acompanharem momentos marcantes de sua vida, desde a infância em São Paulo até o estrelato, passando pela vida amorosa do compositor e retratando desafios profissionais e pessoais.

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Ao dar seu depoimento no documentário, Gracyanne Barbosa, ex-mulher de Belo, abriu o jogo sobre o casamento de 16 anos com o pagodeiro e revelou que ele é um mentiroso compulsivo.

“Ele mente compulsivamente, mente o tempo todo. E não estou falando de traição ou de relacionamento entre homem e mulher, porque acho que as pessoas vão ver e pensar ‘ah, ele traiu’. Não tem nada a ver, esse nunca foi o nosso problema. Mas ele mente sobre coisas insignificantes. É muito difícil você olhar a pessoa nos olhos, saber a verdade e vê-la mentir para você”, contou a musa fitness.

Mentiroso compulsivo

Ao Glow News, o psicólogo Alexander Bez explica o caso do cantor Belo. “A mentira, independentemente de estar relacionada a uma possível traição, é um fator extremamente delicado em qualquer relação, pois mina a confiança e pode transformar o relacionamento em algo tóxico”, começa o profissional.

“O problema central está no efeito acumulativo da mentira: ela permite interpretações futuras que não condizem com a realidade. Por exemplo, se ele diz que vai ao bar com amigos, o histórico de mentiras já cria na mente dela a suposição de que ele está com outra mulher. Esse tipo de associação mental é comum e contribui para o desgaste da relação, gerando expectativas negativas e desconfiança constante”, continua.

Mentira X Omissão

É importante distinguir mentira de omissão. A omissão pode ter a intenção de esconder uma surpresa agradável, como um jantar romântico, ou de proteger questões pessoais que trazem vergonha ou lembranças traumáticas. Nesse caso, trata-se de eventos isolados, sem caráter compulsivo.

Já a mentira contínua, mesmo as pequenas, pode indicar um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Se esse comportamento persistir por pelo menos seis meses, já se caracteriza como um quadro de mitomania. Esse transtorno envolve um processo mental complexo que começa com pensamentos obsessivos, desejos e fantasias, levando à necessidade compulsiva de mentir.

O Aspecto Psicopatológico da Mentira

A compulsão por mentir está ligada a uma demanda cerebral. Não se trata apenas de evitar conflitos ou harmonizar a convivência. No caso de Belo, parece haver uma dimensão patológica, uma necessidade intrínseca de mentir, que faz parte de sua personalidade. Sem isso, ele pode sentir um vazio mental, o que intensifica o ciclo obsessivo-compulsivo.

Impactos na Saúde Mental e na Relação

A repetição constante de mentiras cria um ambiente tóxico e estressante, não apenas para Gracyanne, que lida diariamente com ansiedade e preocupação, mas também para ele, que encontra alívio momentâneo ao mentir. A longo prazo, esse comportamento pode levar ao desenvolvimento de transtornos ansiosos e depressivos, com consequências emocionais sérias.

O que é Mitomania?

A mitomania é um transtorno psicológico que faz com que o portador seja um mentiroso compulsivo. A condição também é conhecida como pseudologia fantástica ou mentira patológica. A principal característica desse mentiroso patológico é mentir para disfarçar sua própria realidade, ao contrário de uma mentira “normal”, quando a pessoa mente para ter vantagem em alguma situação.

Causas

Estudos indicam que a condição pode surgir como consequência de antecedentes traumáticos ou epilepsia.

Sintomas

O principal sintoma da mitomania é a mentira compulsiva. Portadores dessa condição costumam não sentir culpa ao mentir, contar histórias muito felizes ou muito tristes. Eles descrevem fatos de forma extremamente detalhada e contam versões diferentes das mesmas histórias.

Tratamento

A mitomania tem cura, e o tratamento envolve sessões psiquiátricas e psicológicas.

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