Luto na dramaturgia! O ator, diretor e produtor teatral Roberto Frota morreu na manhã desta terça-feira, 24, aos 85 anos de idade, no Rio de Janeiro, cidade onde morava. O veterano, que enfrentava um câncer de pulmão há mais de um ano, não resistiu a uma pneumonia.
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Segundo informações da ex-esposa do ator, a também atriz Ângela Vieira, ao G1, Frota foi internado na segunda-feira, 23. O ex-casal teve uma filha, Nina, hoje com 40 anos.
O velório de Roberto Frota será realizado na quarta-feira, 25, no Memorial do Carmo, no Caju, entre 12h e 15h. O corpo do ator será cremado após a cerimônia de despedida, de acordo com a publicação.
Com mais de 50 anos de carreira, Roberto Frota fez mais de 40 novelas e produções na TV Globo, entre elas “Vale Tudo” (1988), “Tieta” (1989), “Riacho Doce” (1990), “Pedra sobre Pedra” (1992), “Terra Nostra” (1999), “Mulheres Apaixonadas” (2002).
No teatro, Frota atuou em peças como “Bonitinha, Mas Ordinária” e “Adorável Hamlet”. Também escreveu o livro “Se Eu Fosse Você”, um grande sucesso do cinema nacional, com Gloria Pires e Tony Ramos como protagonistas.
As últimas participações do artista em tramas do canal foram em 2023, em “Terra e Paixão”, “Amor Perfeito” e “Vai na Fé”.
A reportagem do Glow News explica mais sobre o câncer de pulmão, doença que Roberto Frota tratava há mais de um ano, e uma pneumonia que acabou vitimando o ator. Entenda!
Câncer de pulmão
“Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito.Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, explica a oncologista Mariana Laloni, do Grupo Oncoclínicas.
A médica ainda comenta que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”.
- Imunoterapia no combate do câncer de pulmão
A ciência tem transformado a maneira de tratar diferentes tipos de câncer. E, no caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas avançam a passos largos, permitindo ao paciente um arsenal poderoso de condutas que podem ser indicadas para o enfrentamento da doença.
Diante deste cenário, estratégias que combinam modalidades de tratamento sistêmico (baseados na adoção de medicações via oral ou intravenosa, como a quimioterapia) e local (radioterapia) podem ser adotadas no início do tratamento para reduzir o tumor antes de uma cirurgia para retirada da parte do pulmão acometido, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada também é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor. “A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente”, diz Laloni.
Para a especialista, é válido destacar o papel que a imunoterapia exerce no panorama de enfrentamento do câncer de pulmão. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se “disfarçar” para não ser reconhecido pelo sistema imunológico e então crescer, a terapia biológica funciona como uma espécie de chave, capaz de religar a resposta imunológica contra este agente agressor.
“Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada – devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva”, explica a especialista.
Não à toa, as medicações imunoterápicas vêm conquistando protagonismo no tratamento de tumores de pulmão e de outros tipos de câncer. A abordagem terapêutica tem trazido resultados importantes também para cânceres de bexiga, melanoma, estômago e rim. Estudos atestam ainda a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e de um subtipo do câncer de mama, chamado triplo negativo. “Na última década, a imunoterapia passou rapidamente de uma descoberta promissora para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas para diversos casos de pacientes oncológicos”, pontua Mariana Laloni.
- Tabagismo é a principal causa de câncer
O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o INCA, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar.
E apesar do Brasil ter sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao cigarro – o país tem um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA – os desafios não param de chegar. Um deles, é a chegada dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de vape, que têm conquistado principalmente os jovens.
“Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal”, alerta Laloni.
Parar de fumar, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela Covid-19.
*Fonte: matéria apurada pela repórter Letícia Sena em agosto de 2023 – Site IstoÉ Gente
Pneumonia
“Toda vez que pegamos uma infecção por vírus como o coronavírus ou outros, existe um consumo do sistema imunológico. Nosso sistema de defesa cai drasticamente porque está gastando energia, está gastando munição para se defender daquele invasor vírus, aquele invasor bactéria. No caso de uma invasão viral, é muito comum que exista uma infecção bacteriana a seguir. Por quê? Porque são infecções bacterianas oportunistas”, explica o médico Carlos Machado, que é Clínico Geral especialista em Medicina Preventiva.
“O sistema imunológico cai porque está gastando a munição para se defender de um vírus, as bactérias que estão pelo corpo, nós carregamos bactérias no corpo, nós temos bactérias muito agressivas que estão dentro da nossa gengiva, da nossa boca. Temos bactérias muito agressivas que estão no nosso tubo digestivo. São bactérias anaeróbias, agressivas. Extremamente perigosas, daquelas que a gente encontra muito em hospital, e nós temos no nosso intestino. A Klebsiella, Proteus, Pseudomonas, Escherichia coli, estão no nosso corpo. Quando o nosso sistema imunológico enfraquece, elas aproveitam e entram e fazem uma infecção bacteriana secundária”, prosseguiu.
“Como a maioria dessas infecções por vírus e bactérias são por contaminação aérea, o pulmão é um órgão que está ali recebendo a cada minuto, litros e litros de ar ambiente, que vem com bactérias e vem com outros fungos. Então é comum, é muito comum que pessoas que tenham adquirido o coronavírus, tenham uma infecção bacteriana secundária”, completa o médico.
*Fonte: matéria apurada pela repórter Letícia Sena em janeiro de 2024 – Site IstoÉ Gente
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