Fernanda Gentil, contou, nesta segunda-feira, 26, que foi diagnosticada com Paralisia de Bell e que os movimentos do seu rosto ainda não voltaram ao normal.
De acordo com a jornalista esportiva, de 37 anos, os sintomas começaram logo após o Carnaval, quando foi buscar o filho, Gabriel, no aeroporto na última quinta-feira, 15. No momento ela sentiu uma dormência na boca.
O que é a paralisia de Bell?
Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Dr. José Ricardo Testa, que conversou com a Quem, a cada ano, estima-se que cerca de 80 mil brasileiros sejam diagnosticados com a doença. Aquele que notar a paralisia, precisa ir imediatamente ao hospital.
Na maioria dos casos, a paralisia de bell é reversível, porém, é preciso rapidez no diagnóstico.
“A paralisia facial idiopática, também chamada de Paralisia de Bell, é uma emergência médica e deve fazer o paciente procurar um pronto-socorro para o primeiro atendimento quanto antes. A precocidade do diagnóstico e o tratamento são fatores cruciais no resultado de melhora ou cura”, explicou o especialista, dizendo, ainda, que esse tipo de alteração está diretamente associada à inflamação ou inchaço do nervo facial.
“Quando afetado por alguma razão, esse nervo provoca sintomas como boca torta, dificuldade para movimentar o rosto e/ou falta de expressão em uma parte da face, o que também pode alterar de forma marcante a comunicação e a autoestima das pessoas”, diz o médico.
As causas podem ser diversas: estresse, baixa imunidade, mudança repentina de temperatura, doenças neoplásicas ou até mesmo idiopáticas – ou seja, sem causas definidas.
Tipos de paralisias da face
Dr. Testa explica que há dois tipos principais de paralisias da face: as centrais, ou seja, do sistema nervoso central, que são decorrentes de AVC (acidente vascular cerebral), doenças degenerativas ou tumores; e as paralisias faciais periféricas, que podem ser traumáticas, infecciosas, congênitas, tumorais, metabólicas e também idiopáticas.
“Cada uma tem um tipo específico de tratamento que deve ser orientado pelo médico. Alguns pacientes necessitam de exames auxiliares, como as audiometrias e impedanciometrias, exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) e eletrofisiológicos, além de exames laboratoriais, até chegar ao diagnóstico exato”, aponta ele.
“O sintoma que mais chama a atenção é a perda súbita, parcial ou total dos movimentos de um lado da face, mal que pode se agravar durante alguns dias seguidos”, explica.
Testa também chama a atenção para sinais como boca torta, principalmente quando se tenta sorrir; incapacidade de fechar completamente um dos olhos, de levantar uma das sobrancelhas ou de franzir a testa; dor ou formigamento na cabeça, ou na mandíbula; e aumento da sensibilidade do som em um dos ouvidos, além de alterações do paladar.
Tratamentos
“O tratamento da paralisia facial periférica é sintomático e inclui o uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia. Não existe uma conduta terapêutica padrão à doença. Depende de cada caso”, explica o médico.
A melhora da doença pode depender do tipo e da extensão do dano sofrido pelo nervo facial, das condições clínicas e da idade do paciente. Na maioria dos casos, a paralisia facial costuma regredir à medida que o inchaço do nervo diminui espontaneamente.
A fisioterapia e a fonoterapia são importantes aliadas para a melhora da musculatura da mímica facial e da fala, e também ajudam a evitar contraturas e atrofia das fibras musculares.
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