[ALERTA: este texto contém descrição de episódio de violência doméstica e violência contra a mulher, podendo ser gatilho para algumas pessoas. Caso você se identifique ou conheça alguém que esteja passando por situação semelhante, denuncie! DISQUE 180]
Luana Piovani foi a convidada do programa Sem Censura (TV Brasil), apresentado por Cissa Guimarães, e se emocionou ao relembrar o episódio de violência doméstica que sofreu em 2008, quando foi agredida por Dado Dolabella.
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A atriz de 48 anos relembrou que não teve apoio da sociedade na época, apenas de seu círculo mais íntimo, alegando que foi duplamente vítima do machismo estrutural.
“O mundo é uma máquina de moer mulher. A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Estava em uma época que não era um movimento comum [o do fim da violência contra a mulher]”, lembrou. “As pessoas adoram dar personagens para a gente e quando a gente não aceita esses personagens ela ficam com raiva da gente. Eu nunca aceitei essa roupinha que a sociedade brasileira quis me vestir”, pontuou.
Luana Piovani não citou Dado Dolabella, mas relembrou de como foi tratada pelo público após a denúncia. “Então que aconteceu: quando eu fui lá e denunciei a violência as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou (…) Eu não tive suporte de absolutamente ninguém que não fossem os meus pais, os meus cinco amigos que souberam e o meu terapeuta”, explicou.
“As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo porque eu queria aparecer, queria chamar atenção. E existiam milhares, milhões de mulheres que falavam ‘vem bater em mim’ [para Dado] porque o cara era considerado bonito, sex symbol”, desabafou. “Mas o que atrapalha muito a nossa luta são as mulheres machistas que são quase um terço do planeta machista. Enquanto as mulheres forem machistas elas dão forças aos homens machistas”, afirmou.
Relembre o caso
Em 2008, Dado Dolabella e Luana Piovani eram namorados e estavam comemorando a estreia de uma peça dela em uma boate da Zona Sul do Rio de Janeiro. O casal começou a discutir e a atriz disse ter levado um tapa no rosto. O ator negou a agressão, mas uma câmera do local flagrou o momento e mostrou que Dado empurrou a então namorada e a camareira Esmeralda de Souza, a Esmê, à época com 62 anos, que tentou apartar a briga.
Dado Dolabella foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por lesão corporal. Um inquérito de corpo de delito atestou que Luana ficou com machucados na mão e no cóccix. Já Esmê machucou os punhos e precisou imobilizar os braços.
Dado acabou condenado por 2 anos e 9 meses de prisão, mas em regime aberto. Ele chegou a ficar preso por 24 horas por ter desrespeitado a ordem se manter 250 metros afastado de Luana. O ator debochou da situação no Carnaval de 2009, aparecendo em um camarote com uma trena.
Dolabella recorreu da pena e a condenação foi anulada pelo TJ-RJ. Em 2014, porém, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão que condenou Dado Dolabella pela Lei Maria da Penha, pela agressão tanto a Luana quanto a Esmê. O ator não cumpriu a pena, que prescreveu, e foi condenado a pagar R$ 40 mil para a camareira.
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