Apesar de ter saído da prisão, Deolane Bezerra continua sendo alvo da Operação Integration, que investiga esquema de lavagem de dinheiro ligado à prática de jogos de azar. E de acordo com relatório obtido pela jornalista Fábia Oliveira, do Metrópoles, a situação da influenciadora não é das melhores.
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De acordo com o documento da investigação, R$ 702 milhões foram movimentados sob suspeita de lavagem de dinheiro. Deolane Bezerra e sua empresa, a Bezerra Publicidade e Comunicação, estão entre os principais supostos envolvidos, além de Darwin Henrique da Silva Filho e outras duas empresas.
O relatório chama atenção para uma rifa realizada pela advogada em novembro de 2023, cujo prêmio seria um veículo de luxo, uma Land Rover Discovery que lhe pertencia e chegou a ser declarada em seus dados do Imposto de Renda de 2023. Apesar da constatação, Deolane nega que tenha rifado bens de sua propriedade.
Além disso, outros dados agravam a situação da influenciadora. Foi constatado que Deolane Bezerra teria feito uma série de transferências via Pix no valor de R$ 1 mil para beneficiárias de auxílios do governo.
Enquanto a influenciadora alega que as quantias tinham o objetivo de engajamento nas redes sociais, o relatório aponta que as transferências sucessivas seriam uma forma de Deolane atrair novos jogadores para as plataformas de apostas, as chamadas “bancas”. A medida impulsionaria o número de apostadores e aumentaria os ganhos da plataforma.
Vale lembrar que o pagamento de bonificações para que pessoas realizem apostas nas plataformas de jogos é proibido por lei. Dessa forma, as transferências de R$ 1 mil chamaram atenção na investigação e foram encarados como uma demonstração da atividade de aliciamento de apostadores.
O relatório também alega que Deolane Bezerra e sua empresa teriam se negado a apresentar contratos de publicidade que constam em notas milionárias emitidas, o que justificaria o recebimento dos valores e poderiam fortalecer a defesa da influenciadora. Contudo, sua recusa em fornecer os documentos aumenta as suspeitas de lavagem de dinheiro.
Um exemplo disso consta em um quadro anexado ao relatório e divulgado pela colunista, que mostra que a Bezerra Publicidade teria recebido aproximadamente R$ 3 milhões em apenas dois meses da Federação Nacional da Apaes. A ex-Fazenda teria justificado a movimentação da quantia, mas sem apresentar documentos que comprovassem sua versão.
O relatório apresenta uma ilustração que mostra os créditos e débitos da Bezerra Publicidade, todos em cifras significativas. As movimentações comunicam Deolane, por meio de sua empresa, e a EDSCAP, cujo sócio é Darwin Henrique da Silva Filho.