Vivian Guglielmetti, a esposa de Robinho, defende a inocência do marido oito meses após a prisão dele. Os dois são casados desde 2009 e ela disse, em entrevista ao Metrópoles, que o ex-jogador foi vítima de perseguição na Itália, onde acabou condenado por estupro coletivo ocorrido em janeiro de 2013, quando atuava pelo Milan.

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a condenação italiana em março deste ano, e Robinho passou a cumprir pena no Brasil. Um habeas corpus impetrado pela defesa dele no Supremo Tribunal Federal (STF) tenta reverter a prisão. Atualmente, o placar do julgamento está em 5 votos a 1 para mantê-lo na cadeia.

Nesta segunda-feira, 18, Vivian, ao lado do advogado e de dois amigos, se pronunciou pela primeira vez sobre o caso. “Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos. As minhas questões pessoais de marido e mulher, resolvi lá atrás. O erro foi a traição. Eu fui traída e hoje ridicularizada mundialmente. Mas escolhi lutar pela verdade”, declarou ela.

“É muito difícil para mim, por tudo isso que tem acontecido. É tudo muito pesado para nós. [Falo] pela honra da minha família, pela nossa dignidade, para a gente poder andar de cabeça erguida pela rua”, completou a esposa do ex-jogador.

Ela ressalta que acredita na versão de Robinho. Diante das páginas do processo e de documentos que juntou durante mais de 10 anos, Vivian declarou ter estudado cada uma das folhas. “Ninguém no Brasil sabe mais desse caso que eu”, disparou.

“Criaram o Robinho ‘monstro’. Ele não é esse monstro que estão falando que ele é. Simplesmente acabaram com a carreira dele, tudo o que ele fez até aqui e ele virou um monstro e eu tô aqui para mostrar tudo o que eu sei, tudo o que aconteceu naquele dia e que as pessoas tentem ver um pouco do nosso lado. Porque nós estamos com a verdade”.

Em depoimento,  Robinho confirmou que ele e os amigos participaram de uma orgia, mas que teria havido consentimento por parte da mulher. Vivian afirmou que, após o companheiro reconhecer a traição, escolheu perdoá-lo. Então, dedica-se a provar que ele foi acusado de forma injusta.

“O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime. Está muito distante de ser um crime. Entre um ato imoral e um crime tem uma distância muito grande. Ele está há oito meses pagando por algo que não aconteceu”, ressalta ela.

Os áudios mencionados pela mulher de Robinho foram obtidos pela polícia italiana através de escutas. Nas gravações, o ex-jogador e amigos surgem dando uma série de detalhes sobre o ato sexual. O material foi usado no julgamento que o condenou a 9 anos de prisão na Itália.

A albanesa que tinha 23 anos na época e vítima da situação, justifica que Robinho e quatro amigos dele se aproveitaram da embriaguez dela para estuprá-la. Em depoimento, ela diz ter perdido a consciência momentaneamente e ter acordado sendo abusada sexualmente, sem conseguir reagir.

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