Daiane dos Santos Farias foi condenada a 4 anos de prisão em regime fechado por ter amputado o pênis de Gilberto Nogueira, seu companheiro. A cozinheira recebeu a visita do frentista, que atualmente é motorista de aplicativo, na semana passada na Penitenciária de Mogi Guaçu (SP).
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O primeiro encontro dos dois após o acontecido aconteceu no parlatório, com um vídeo blindado separando. “Não pudemos nos tocar, muito menos nos beijar. Apenas nos falamos pelo telefone durante uma hora”, afirmou o homem a Ullisses Campbell, da coluna True Crime, do jornal O Globo.
Se dependesse apenas do casal, o encontro teria sido realizado em um espaço reservado, já que eles têm união estável. Contudo, a direção da casa penal definiu que a visita íntima só acontecerá mediante autorização judicial. A Justiça permitiu encontros somente no parlatório, sem contato reservado.
Embora Daiane tenha pedido o encontro privado com o companheiro, a Justiça não deixou para evitar uma possível retaliação por parte do motorista contra a mulher. Os dois estão dispostos a recorrer à segunda instância para conquistar o direito de se amar na cadeia.
O medo da Justiça se deve porque, em dezembro de 2023, a cozinheira descobriu que o companheiro havia transado com uma sobrinha de 15 anos na cama do casal no dia do aniversário da mulher. Então, ela quis se vingar da traição e planejou tudo. Ela comprou uma lingerie nova, amarrou as mãos do marido por trás e apagou a luz. Depois, pegou uma navalha de sobrancelhas e cortou o pênis dele. Daiane tirou o órgão ensanguentado e publicou no grupo da família dele. Então, jogou dentro de um vaso sanitário e deu descarga. Ela confessou que fez isso para impedir o reimplante.
Após trocar de cartas, Gilberto perdoou a mulher e pediu para voltar o relacionamento. Ele chegou a comprar uma cinta peniana que seria utilizada durante a visita íntima, desejo que foi afastado pela Justiça. Daiane foi alertada por colegas de cela que o motorista de aplicativo pode estar armando uma vingança contra ela.
Contudo, no primeiro encontro dos dois no parlatório, ele jurou que a ama e que não teria coragem de encostar um dedo nela. “A Daiane me conhece. Eu jamais faria algo nesse sentido. Primeiro porque não sou um homem violento. Depois, eu vi o local horrível em que ela se encontra. A cadeia é o pior lugar do mundo. Jamais faria algo para depois ficar encarcerado”, declarou ele.
Gilberto enfrentou diversas dificuldades para conseguir visitar a mulher. Ele não sabia das regras para entrar na penitenciária e chegou lá vestindo calça jeans e camiseta preta, itens de vestuário que são proibidos. Ele precisou alugar um moletom vermelho por R$ 10 na porta da prisão. Além disso, comprou uma camiseta vermelha por R$ 40. As roupas escuras são proibidas para evitar que os visitantes sejam confundidos com os policiais penais, que utilizam uniformes pretos.
O motorista de aplicativo também levou uma comida preparada pela família dela contendo feijoada, arroz, refrigerante e chocolate, pensando que ia aproveitar um almoço romântico com a mulher. Contudo, a refeição só seria permitida se o encontro acontecesse no pátio da penitenciária. “A cadeia é um lugar horrível. Tinha uma fila enorme para entrar. Cheguei lá às 8h da manhã, mas só consegui entrar às 13h30. E só permitiram que eu ficasse com a minha mulher por uma hora. Nem deu para conversar direito”, disse Gilberto, que já marcou novos encontros com Daiane.
Os dois continuam trocando cartas de amor. Nas correspondências, Daiane questiona quais são as verdadeiras intenções do marido ao tentar encontrá-la na sala de visita íntima. Ele diz que apenas quer fazer amor com ela.
Gilberto disse ao colunista que é apaixonado por Daiane. “Muitas mulheres me procuram pelo direct do Instagram querendo transar. Mas só tenho olhos para Daiane. Eu já a perdoei faz tempo. E ela também já me perdoou. Toda a tragédia que aconteceu na nossa família só tem um culpado: eu mesmo”.
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