Robson de Souza, o Robinho, completou sete meses preso na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, localizada no interior de São Paulo, onde é conhecido como “presídio dos famosos”. O ex-jogador de futebol foi condenado a 9 anos de cadeia em regime fechado por estupro coletivo acontecido em uma boate, em 2013, na cidade de Milão, na Itália. A vítima do crime foi uma mulher albanesa. Os detalhes do caso serão exibidos na série O Caso Robinho, do Globoplay, que estreia nesta quarta-feira, 30.
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O ex-atleta está preso desde 21 de março. Ele estava no prédio em que morava, localizado no bairro Aparecida, em Santos, no Litoral Sul do estado de São Paulo. Robinho foi transferido para Tremembé, no Vale do Paraíba, onde cumpre pena na P2, presídio que geralmente abriga presos condenados por crimes de grande repercussão no Brasil.
Depois de ingressar no sistema penitenciário paulista, Robinho ficou 12 dias em isolamento na P2. Então, passou a conviver em uma cela comum, com a presença de outro detento. Ele ficou isolado em uma cela de cerca de 8 metros quadrados. O período é para a adaptação e realização de avaliações necessárias pela equipe de penitenciária.
Durante os dias de adaptação após sua chegada a Tremembé, todas as atividades, como o banho de sol, foram realizadas de forma isolada.
Após o fim do período de isolamento, Robinho ganhou o direito de receber visitas no presídio. A mais recente atualização sobre o caso do ex-jogador foi a decisão da juíza que autorizou a visita conjunta de sua esposa e seus três filhos na P2.
Segundo divulgado pelo g1, o Supremo Tribunal Federal marcou, nesta terça-feira, 29, para novembro a volta do julgamento dos pedidos de liberdade do ex-jogador Robinho. O julgamento foi interrompido em setembro e marcado mais uma vez para o plenário virtual, entre os dias 15 e 26.
Retorno para o futebol
Robinho começou a realizar atividades na cadeia, entre elas, o futebol. Ainda segundo informações do g1, o ex-atleta joga futebol com outros detentos entre uma e duas vezes por semana, ao longo do período recreativo (normalmente o banho de sol).
Na P2, os jogos são diferentes do que ele estava acostumado, já que a bola não é profissional e não há um uniforme específico. Os times são variados e formados pelos próprios presos, e não existem campeonatos. Para participar das partidas, Robinho pediu aos familiares que lhe enviassem chuteiras para os ‘rachões’. Além disso, ele também começou a frequentar uma academia ao ar livre no local.
Em maio, Robinho começou um curso profissionalizante de Eletrônica Básica, Rádio e TV e passou a participar de grupos de leitura para tentar reduzir sua pena.
Redução da pena
A redução da pena foi um dos pedidos da defesa de Robinho ao longo do período. Seu advogado acionou a Justiça com um pedido para que o crime pelo qual ele foi condenado fosse considerado “comum” e não “hediondo”. Estupro está entre os crimes hediondos do Brasil de acordo com a legislação.
Contudo, a Justiça negou o pedido da defesa em julho deste ano e permaneceu com a decisão em setembro. A intenção era de que o ex-jogador de futebol ficasse menos tempo na cadeia. Como ele foi condenado por estupro e é réu primário, precisa cumprir pelo menos 40% da pena para progredir no regime.
Se o pedido da defesa fosse aceito, a pena em regime fechado poderia ser reduzida para 20%. Acontece que, ao invés de cumprir 3 anos e 7 meses em regime fechado antes de progredir, Robinho poderia cumprir apenas 1 ano e 8 meses em regime mais severo.
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