Durante o Upfront Globo, evento voltado para o mercado publicitário que aconteceu na noite de quarta-feira, 16, a emissora divulgou parte dos nomes que estarão no elenco do remake da novela “Vale Tudo”, exibida originalmente em 1988 e que ganhará uma nova versão na TV Globo em 2025. Escrita em parceria por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a nova adaptação será realizada pela autora Manuela Dias.
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O remake de “Vale Tudo” contará com atores como Deborah Bloch, que será a vilã Odete Roitman; Paolla Oliveira, que interpretará Heleninha; Taís Araujo, que viverá Raquel; e Bella Campos, que dará vida a Maria de Fátima.
Humberto Carrão fará o papel de Afonso, Cauã Reymond viverá César, Renato Góes será Ivan e Julio Andrade interpretará Rubinho. Já Karine Teles será Aldeíde, Belize Pombal viverá Consuêlo, Malu Galli interpretará Celina e Luis Salem será Eugênio.
A nova tendência da Globo de criar remakes de novelas clássicas não está sendo bem aceita pelos veteranos. Recentemente, o ator Antonio Fagundes, 75 anos, manifestou sua desaprovação ao novo formato de produções da emissora carioca.
“Sempre acho que não tem comparação; vai ser outra novela. Qualquer coisa pode ser refeita, só sinto um pouco de pena das pessoas não estarem criando coisas novas. Isso parece um pouco uma preguiça de criação e cria um vácuo que a gente não consegue entender”, declarou Fagundes em entrevista ao TV Fama, da RedeTV!.
O artista, que está fora da Globo desde 2021, ainda afirmou que não pretende voltar a gravar novelas tão cedo. “Estou fazendo tanta coisa fora que vai ser ruim ficar preso em um estúdio tanto tempo quanto uma novela exige, mas se tiver um grande convite, a gente pode mudar de ideia”, completou.
Nos últimos anos, a TV Globo investiu em remakes como “Pantanal” (1990 e 2022), “Renascer” (1993 e 2024) e prepara “Vale Tudo” (1988), que deve ir ao ar em 2025.
Além de Fagundes, o Glow News lista outros atores e escritores veteranos que são contra os remakes de novelas.
Aguinaldo Silva
O autor Aguinaldo Silva, que ajudou a escrever a novela “Vale Tudo” (1988), afirmou não gostar de remakes de novelas. “Eu sou contra remakes. A novela existe naquele momento, depende do autor, do elenco, da disposição do público para que tudo dê certo”, afirmou o dramaturgo em entrevista para o colunista Ricky Hiraoka, do UOL.
“Todos os remakes foram sempre menos interessantes que os originais. As pessoas que veem novelas vão ver uma Odete Roitman que não é Odete Roitman. Quem vai fazer Odete? Cassia Kis poderia fazer, por exemplo. A própria Gloria Pires faria uma boa Odete, mas não está na idade ainda. Mas não tem jeito. Odete sempre vai ser Beatriz Segall”, justificou Aguinaldo.
“Eu te confesso que se tivesse que escalar o elenco desse remake, pediria demissão. As pessoas vão assistir ao remake de Vale Tudo e vão dizer que gostam mais da original. Eu não me atreveria [a fazer remake de Vale Tudo] por uma questão de respeito”, completou.
Joana Fomm
A atriz Joana Fomm, que esteve no elenco de “Tieta” (1989) dando a vilã Perpetua, também é contra os remake.
“Papel que fiz e amei, não quero que ninguém se meta”, disparou à Veja. “Não acho bom. Se a novela foi tão marcante assim, vai ser difícil fazer coisa melhor”.
Maria Gladys
A atriz Maria Gladys também não gosta das releituras dos clássicos da teledramaturgia. Questionda da possibilidade de rever sua personagem Lucimar em uma nova versão de “Vale Tudo” (1988), na Globo, interpretada por outra atriz, ela disparou: “Imagina! Não quero nem ver!”.
Gladys lembra com carinho a construção da faxineira na casa de diversos personagens da trama. “Em novela, o papel vai se desenvolvendo conforme o ator vai contribuindo. Então, eu tenho muito a ver com o meu personagem. Inventava algumas coisas, eles [os autores] gostavam, criavam em cima da minha invenção… Agora, um remake vai ser outra coisa. E tem mais é que ser”, prosseguiu.
“Uma outra ‘Vale Tudo’, eu acho um perigo! ‘Nada será como antes’, como diz a música. ‘Vale Tudo’, houve uma, aquele espetáculo! Foi um marco para a televisão e para todos os atores. Agora, é outra história”, opina.
Já em entrevista ao site Natelinha, Maria Gladys explica que teme as comparações com os protagonistas: “Remake é uma coisa delicada. Fica todo mundo comparando. ‘O outro era melhor’, ‘essa atriz não faz bem esse personagem’, ‘gostava era da Regina Duarte’, ‘Glória Pires dava um banho na atuação’ e outras comparações. Isso não é legal”, finaliza.
Mario Teixeira
“Tem novelas que eu amo. Amo Feijão Maravilha (1979), mas jamais faria um remake disso. Gosto muito de Gabriela (1975), mas jamais faria um remake. Eu não queria fazer remake de nada. Prefiro pegar as minhas histórias, acho que tem um mundo inesgotável. Eu não gosto de remake, pra falar a verdade”, disse Mario Teixeira, autor de No Rancho Fundo, em entrevista ao podcast “Papo de Novela”, no Gshow.
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