Gusttavo Lima (Reprodução/Instagram)

Gusttavo Lima (Reprodução/Instagram)

Famosos

Gusttavo Lima se pronuncia pela primeira vez sobre investigação e parecer do MP contesta acusações

Cantor é um dos alvos da Operação Integration e falou sobre as acusações contra ele

Gusttavo Lima decidiu se pronunciar após ter seu nome envolvido na Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa ligada à prática de jogos de azar. Em entrevista ao portal Migalhas, o cantor se defendeu das acusações, explicou sua relação com a empresa Vai de Bet e se colocou à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.

+Ex-reality surpreende com visual após bariátrica; veja antes e depois
+Lucas Buda perde fortuna ao recusar convite de ‘A Fazenda’ e diz que paga quantia para Camila Moura

“Eu nem sei como lava dinheiro, a minha vida foi sempre fazendo as coisas certas. Falaram que eu fugi, que loucura é essa? Eu estou a disposição da Justiça. Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor. Nunca vou fugir da raia”, declarou ele.

Gusttavo Lima afirmou ter provas de sua inocência e alegou que está tranquilo com toda a situação. “Contra documentos, não há argumentos. A gente tem toda a documentação, a gente tem todos os contratos, notas fiscais, temos tudo”, disse ele. “Eu ainda perguntei para o meu advogado o que a gente havia feito de errado, ele falou: ‘Gusttavo, simplesmente não tem como explicar’. Eu estou muito tranquilo porque isso é um grande achismo, uma grande teoria. E eu estou à disposição da Justiça”, completou.

O cantor também comentou sobre o mandado de prisão que foi expedido contra ele e revogado em menos de 24 horas. “A gente enviou todo o nosso material para a Justiça de Pernambuco. Depois, eu me surpreendo com o pedido de prisão (…) Quando a polícia foi no nosso escritório, a gente estava na Grécia e o advogado ligou pra polícia dizendo que o que eles estavam procurando, estava na gaveta tal, com nota fiscal, o contrato tá tudo certo, vocês podem levar tudo”, relembrou.

Gusttavo Lima também esclareceu que tem apenas um contrato de imagem assinado com a Vai de Bet, negando que seja dono ou sócio da empresa.

“O contrato foi firmado em 2022, a gente cumpriu 100% com a empresa e a empresa cumpriu 100% com a gente. No final desse contrato, vamos fazer o quê? O que a gente vai estruturar de novo para fazer um novo contrato, uma nova forma que a gente vai executar isso? Com diversas empresas eu fiz esse tipo de negociação… Por exemplo, com gravadora, com empresa de tickets, ramo alimentício, parte imobiliário”, explicou ele.

E continuou: “Esses dois anos eu fui garoto propaganda a Vai de Bet, não sou dono, nunca fui proprietário. Auxiliei a Vai de Bet no que foi preciso, como parte do meu contrato, e é isso. Isso é uma grande loucura, essa teoria, esse achismo de querer me ligar a tudo isso como se eu fosse o dono do negócio, o chefe. Não sou”, enfatizou.

O sertanejo frisou que diversos artistas fecharam parceria com empresas de bets. “Pô, Gusttavo Lima fez contrato com bets? Fez! Quantos outros artistas fizeram? Quais programas de televisão fizeram? Quantas televisões fizeram? Todos os times de futebol fizeram… Então, você vai ter que mandar prender o país inteiro”, disparou.

E encerrou: “Não é justificando, tem que haver justiça. Quando se identifica algo que está chamando a atenção, investigue! Eu estou à disposição das autoridades. Fiquem à vontade. Pode olhar tudo, não tenho nada a esconder”, disse ele.

Ministério Público aponta fragilidade nas acusações contra Gusttavo Lima

Parecer assinado por cinco promotores do Grupo de Inteligência do Ministério Público (Gaeco) de Pernambuco aponta insuficiência de provas e fragilidade nas acusações contra o sertanejo. Segundo informações do portal Metrópoles, o órgão se manifestou em um pedido de revogação de medidas cautelares feito pela defesa do cantor, e analisou ponto a ponto as razões que motivaram a Justiça de primeira instância a investigar o músico.

Segundo o parecer, a empresa Balada Eventos e Produções LTDA, representada por Nivaldo Bastita Lima – nome de batismo de Gusttavo Lima –, foi incluída nas investigações dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro por três razões: o recebimento de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00; a venda da Aeronave Cessna Aircraft modelo 560XLS; e os valores em moeda estrangeira guardados no cofre da empresa.

No entanto, o MP aponta que há provas de que os valores, nos três casos, tiveram origem lícita. “A mera apreensão desses valores no cofre da empresa, desprovida de informações que indiquem sua origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais da Esportes Entretenimento Promoção de Eventos e da Pix Soluções Tecnológicas”, diz o parecer.

Em seguida, o documento explica caso a caso. “No que diz respeito ao recebimento dos valores de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00, provenientes da empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos Eireli (Esportes da Sorte), no próprio relatório conclusivo da investigação, reconhece-se que decorrem da compra da Aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEN”, expõe o Gaeco.

Sobre os valores em moeda estrangeira guardados no cofre da empresa, o MP destaca que a apreensão dos valores, sem indicação de origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais.

“A respeito desses valores, a Autoridade Policial se limitou a asseverar que a Balada Eventos e Produções ocultou valores provenientes dos jogos ilegais da Esportes Entretenimento Promoção de Eventos e da Pix 365 Soluções Tecnológicas ao guardar em cofre da empresa R$ 112.309,00; € 5.720,00; £ 5.925; e US$ 1.005,00. E a colacionar imagens do momento da apreensão”, considera o MP. “Contudo, a mera apreensão desses valores no cofre da empresa, desprovida de informações que indique sua origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais”, complementa.

O parecer assinado pelos promotores ainda defende que o caso que envolve a investigação de Gusttavo Lima e da casa de apostas Vai de Bet deveria estar no âmbito da Justiça da Paraíba, e não de Pernambuco, uma vez que a sede da empresa é localizada em Campina Grande.

Operação Integration: Gusttavo Lima sofre nova derrota na justiça e advogado explica consequências