Saiba por que furacão se chama Milton e veja se seu nome pode ser dado ao fenômeno

As autoridades norte-americanas e os moradores do estado da Flórida vêm se preparando para a chegada do furacão Milton, que deve trazer ventos de até 230 km/h e ressacas de até 4,5 metros. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, “Milton” é uma tempestade “extremamente perigosa”. Mas, afinal, por que “Milton”?

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Na verdade, os nomes dos furacões são escolhidos antecipadamente, com base em avaliações sobre suas trajetórias e com o objetivo de facilitar a memorização e a comunicação. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que organiza a lista, nomes curtos diminuem o risco de tragédias, pois facilitam os alertas e a preparação das comunidades.

A lista de nomes é proposta pelos serviços meteorológicos e hidrológicos de cada país-membro da OMM e aprovada pelos órgãos regionais de tempestades tropicais. Eles precisam ser curtos e fáceis de pronunciar. A maioria das listas é organizada em ordem alfabética, alternando entre nomes femininos e masculinos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o Centro Nacional de Furacões utiliza seis listas de nomes para o Caribe, Golfo do México e Atlântico Norte, em ordem alfabética. Além disso, letras com poucos nomes disponíveis, como Q e U, são puladas.

A OMM costuma interferir nas lista para evitar nomes que possam causar algum tipo de polêmica. Um exemplo disso foi em 2005, quando o nome “Isis” foi retirado da lista de furacões futuros no Pacífico-Norte, devido à associação com o grupo extremista Estado Islâmico.

Essas listas são recicladas a cada seis anos, mas quando um furacão causa muitos danos e muitas vítimas, seu nome não pode mais ser utilizado, como o é o caso do nome “Katrina”.

“É muito mais fácil de memorizar do que uma cifra ou um termo técnico”, explica a Organização Meteorológica Mundial (OMM). “Um nome facilita o trabalho da imprensa, reforça o impacto das advertências e ajuda na preparação das populações”, completa a OMM, órgão da ONU.