Maíra Fernandes, a advogada criminalista que defendeu Neymar Jr. no caso de estupro movido por Najila Trindade, utilizou a mesma estratégia para inocentar Marquinhos Trad (PDT) de acusações de assédio sexual feitas por 7 mulheres. As denúncias são da época em que o político esteve à frente da prefeitura de Campo Grande (MS). Ele está disputando uma vaga na Câmara Municipal. As informações foram divulgadas pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
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As denúncias foram arquivadas sem que existisse julgamento nos dois casos. De acordo com Maíra, a proposta de ambas as defesas foi apontar a “falta de evidências concretas” contra os acusados. As acusações de Najila contra o jogador de futebol foram arquivadas pela juíza Ana Paula Vieira de Moraes, da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, após o Ministério Público de São Paulo (MPSP) emitir parecer contrário ao indiciamento do jogador.
No caso de Marquinhos Trad, a ação foi extinta em agosto de 2024 por decisão da juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal da comarca de Campo Grande. Ela entendeu que faltaram indícios para que o inquérito continuasse.
Foi relatado pelas denunciantes que elas enfrentaram momentos de dificuldade financeira quando foram atraídas ao gabinete do político com a promessa de um emprego na prefeitura. O plano de Trad, de acordo com elas, era cortejá-las com truques de mágica para pedir favores sexuais. Duas das autoras falaram ter permanecido com relações com ele.
De acordo com a advogada, as acusações contra o atleta e o político foram “armadas”. “No caso de Marquinhos, era óbvio que as acusações eram parte de um jogo político sujo, uma farsa produzida para tirá-lo da corrida eleitoral. Em 2019, houve logo a clareza de que tudo não passava de uma armação”, afirmou ela, segundo divulgado pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Após a extinção das ações contra Marquinhos Trad, Maíra lamentou o “estrago” que as denúncias fizeram à campanha dele em 2022. “Infelizmente, o estrago foi feito. O uso da máquina e o estardalhaço tiraram da competição o provável futuro governador”.
O político foi prefeito de Campo Grande e liderava as pesquisas de intenção de voto para o governo do Mato Grosso do Sul quando as denúncias vieram à tona, ainda em 2022.
Segundo a defesa, o ponto negativo do arquivamento dos casos sem que haja julgamento é que não permite que sejam apresentadas provas da inocência dos acusados. “Fica uma frustração. O lado ruim disso é que, por não ter uma ação penal, ele nunca conseguiu fazer a defesa propriamente”, declarou.
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