Justiça toma decisão sobre pai que atirou no cunhado por estuprar o filho 324 vezes (Reprodução/Getty Images)

Justiça toma decisão sobre pai que atirou no cunhado por estuprar o filho 324 vezes (Reprodução/Getty Images)

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Justiça toma decisão sobre pai que atirou no cunhado por estuprar o filho 324 vezes

Eloi Dematte cometeu o crime após descobrir que o cunhado abusava de seu filho, que tem deficiência intelectual

[ATENÇÃO: Este texto aborda temas sensíveis que podem ser gatilhos para algumas pessoas. Se você é vítima de violência sexual e/ou psicológica, ou conhece alguém que esteja passando por isso, procure ajuda e denuncie no telefone 180]

O caso de Eloi Dematte, que tentou matar o estuprador do filho com um tiro no pescoço, chegou ao fim na última quinta-feira, 26. O homem aguardava julgamento e foi absolvido pelo júri de Ascurra, em Santa Catarina. Eloi atirou contra o cunhado após descobrir que o homem abusava repetidas vezes de seu filho, que na época tinha 16 anos. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o menino, que tem deficiência intelectual, foi violentado pelo menos 324 vezes.

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“Após quase nove anos aguardando o julgamento, hoje acaba a tragédia humana ocorrida na vida de Eloi”, comemoraram os advogados Gustavo da Luz e Robson Pasquali. “A comunidade de Ascurra fez justiça na data de hoje. O conselho de sentença, formado por quatro mulheres e três homens, absolveu Eloi Dematte da tentativa de homicídio contra seu cunhado. A defesa sai extremamente satisfeita com o resultado”, afirmaram.

Entenda o caso

O crime ocorreu em novembro de 2015, após os pais do garoto serem procurados pela psicóloga do filho. A profissional perguntou se os pais tinham conhecimento sobre os abusos que ele sofria. A vítima contou em uma das sessões que seu tio, irmão gêmeo da mãe, o estuprava desde 1997.

No relato, o garoto contou que os abusos ocorriam nos finais de semana, quando ficava na casa do agressor, e descreveu torturas psicológicas, como ser obrigado a vestir calcinha, fio dental e outras roupas femininas, o criminoso também passava batom na boca do sobrinho e o beijava.

Tudo isso antecedia os estupros, que ocorriam em um rancho localizado na parte de trás da propriedade. No local, o garoto era ameaçado pelo tio, que o colocava diante de “roçadeiras, machados e foices” e dizia que se ele gritasse ou fizesse barulhos, o mataria.

Por medo, a vítima não comunicou a violência, só conseguindo relatar os crimes para a psicóloga anos depois.

Os pais do jovem ficaram bastante abalados ao saber de tudo. A mãe relatou que uma vizinha já havia lhe alertado sobre comportamentos estranhos envolvendo tio e sobrinho, mas, apesar de desconfiar que algo estivesse acontecendo, jamais cogitou que o filho estivesse sendo vítima de abuso.

De acordo com o processo, depois da reunião com a psicóloga o casal voltou para casa em Santa Catarina e planejava registrar um boletim de ocorrência contra o agressor. Porém, quando a mulher saiu de casa para trabalhar, Eloi pegou uma arma, procurou o cunhado e atirou contra ele.

O criminoso não morreu e um processo por homicídio tentado foi aberto contra Eloi. Quatro anos depois, o tio do garoto ainda foi condenado por estupro de vulnerável, mas morreu em um acidente de carro antes que pudesse cumprir a pena.

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