Ex-BBB Rodrigão (Reprodução/Instagram)

Ex-BBB Rodrigão (Reprodução/Instagram)

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Saiba o que é lesão na glândula suprarrenal, condição que levou à internação do ex-BBB Rodrigão

Rodrigão foi internado nos Estados Unidos após um sangramento abdominal devido a uma lesão na glândula

Na última segunda-feira, 26, a ex-BBB Adriana Sant’Anna, 33 anos, deu detalhes da situação do marido, Rodrigão, que foi internado nos Estados Unidos no último dia 23 de agosto depois de apresentar um sangramento abdominal em decorrência de uma lesão na glândula suprarrenal.

O boletim foi assinado pelo médico Antônio Viana de Souza Neto, que informou que o ex-BBB passará por uma nova cirurgia para remoção completa da lesão.

“Graças à misericórdia de Deus e à habilidade de uma equipe médica extraordinária, o sangramento foi controlado com êxito por meio de um procedimento inicial chamado embolização. Atualmente, Rodrigo permanece internado, estável e sob cuidadosa observação, enquanto realiza exames pré-operatórios em preparação para a cirurgia definitiva, que visa a remoção completa da lesão”, explicou o médico.

“Ele está sendo assistido com dedicação e competência, sob os cuidados atentos dos renomados cirurgiões Dr. Imram Siddiqui e Dr. Leslie Nguyen. Como amigo da família e cirurgião, estou acompanhando de perto cada etapa deste processo, juntamente com os Drs. Daniel Kirtner e André Teixeira, que têm oferecido apoio constante aqui nos Estados Unidos, e Dra. Karla Assed e Dr. André Barbosa, cujo suporte foi tão essencial. Com fé em Deus, pedimos que continuem com suas orações, para que Rodrigo receba a cura plena e supere esse momento com força e serenidade”, completou.

O que são as glândulas adrenais ou suprarrenais?

Segundo especialistas da Oncoclínicas, maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, as glândulas adrenais ou suprarrenais fazem parte do sistema endócrino e atuam na produção de hormônios que atuam no controle do sistema circulatório (catecolaminas), no metabolismo (como o cortisol) e na função sexual (androgênios).

As glândulas se dividem entre medula e córtex e estão localizadas junto à coluna vertebral e aos grandes vasos sanguíneos, próximas à parte superior dos rins.

O que são tumores adrenais ou suprarrenais?

Esses tumores ocorrem quando as células da medula ou do córtex se proliferam descontroladamente, devido a mutações genéticas que não são corrigidas pelo organismo. Esse tipo de tumor é raro e, por isso, ainda não foram definidos fatores de risco que podem levar ao seu surgimento.

Contudo, algumas síndromes genéticas podem predispor o aparecimento de tumores adrenais, como a Neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN2); Neurofibromatose tipo 1 (Doença de Von Recklinghausen); Síndrome de Beckwith-Wiedemann; ​Síndrome de Li-Fraumeni; Síndrome do paraganglioma (feocromocitoma extra-adrenal); e Síndrome de Von Hippel-Lindau.

Contudo, é importante ressaltar que nem todos os tumores são malignos. Os tumores benignos, aliás, são mais frequentes nesses casos.

A lesão na glândula suprarrenal é diagnosticada por meio de exames de imagem, testes de função hormonal e, em alguns casos, biópsia. O tratamento depende da natureza da lesão, se é benigno ou maligno, e se está causando sintomas ou complicações.

Os sintomas dos tumores da suprarrenal incluem: fadiga, perda de peso, febre, fraqueza muscular, náusea e vômitos, diarreia, hipotensão que piora ao se levantar, áreas com a pele escurecida, irritabilidade e vontade de ingerir sal e alimentos salgados.

Caso o tumor na glândula adrenal seja maligno, ele pode ser de dois tipos: carcinoma de adrenal (ou adrenocortical) e feocromocitoma.

O carcinoma de adrenal ou adrenocortical se origina no córtex da glândula adrenal. Trata-se de um tumor bastante raro, com incidência anual de 1 a 2 casos a cada 1 milhão de pessoas. Acomete homens e mulheres igualmente e tem três picos de ocorrência: crianças de 1 e 2 anos; crianças entre 7 e 16 anos; adultos dos 50 anos em diante (mais comum). Na maioria dos casos (de 50% a 70%), a doença afeta a adrenal esquerda, e em 5% a 7% das ocorrências é bilateral.

Na maioria dos casos, o carcinoma de adrenal não é funcionante, mas pode apresentar hiperfuncionamento em uma pequena porção das ocorrências.

Em fases mais avançadas, os tumores malignos costumam ter sintomas semelhantes aos de outros tipos de câncer, como: fadiga; perda de peso sem motivo aparente; surgimento de massa abdominal; sangramento na urina; febre; anemia; dores abdominais.

O carcinoma de adrenal causa alguns sintomas específicas, como alterações no ciclo menstrual, surgimento de acnes e fragilidade cutânea. Da mesma forma, os sinais típicos de feocromocitoma são aqueles ligados à liberação de catecolaminas e metabólitos da adrenalina e noradrenalina: hipertensão, arritmia e/ou hiperglicemia.

Nas crianças, os sintomas estão mais relacionados aos hormônios masculinos que o tumor pode produzir, causando crescimento excessivo de pelos faciais e corporais, aumento do pênis e das mamas em meninos e do clitóris em meninas.