Nesta sexta-feira, 23, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank comemoraram a vitória no processo de racismo que moveram contra Day McCarthy. A socialite foi condenada a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por proferir ofensas racistas contra a filha do casal, Chissomo (Titi). A pena é a maior já deferida pela Justiça brasileira contra uma pessoa que cometeu injúria racial.
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“Hoje, celebramos uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, essa vitória acontece por termos visibilidade e sermos brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra, que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, disse o casal em nota publicada no Instagram.
O caso ocorreu em 2017. Na época, a criança tinha apenas quatro anos. “Titi, como vocês a conhecem, nem sabia que poderia ser vítima, assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – às vezes, o mundo parece retroceder, com ataques às minorias crescendo de modo desmedido. Demos voz aos idiotas?”, indagaram Bruno e Giovanna.
Apesar de reconhecer os privilégios como pessoas brancas, o casal ainda ressaltou a demora na decisão. O casal conseguiu oferecer uma denúncia apenas em maio de 2021 e tiveram que esperar mais três anos para a sentença. Vale lembrar que a decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro, condenando Day McCarthy por injúria racial e racismo, é inédita e a mais severa já aplicada para esse tipo de crime.
“Essa é a primeira vez que, em resposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito quanto à reversão da pena, no máximo sua redução”, sentenciaram.
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso pontuaram que essa é não é apenas uma vitória para a filha, mas também para a comunidade e para todos que lutam contra o racismo. “Seguimos confiantes na atuação consistente do Judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos – enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa”, afirmaram.
Contudo, Day McCarthy ainda pode pedir recurso da sentença. Como mora fora do Brasil, a socialite poderá ser extraditada pelas autoridades responsáveis caso a pena se mantenha.
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