A jornalista Fernanda Piacentini, do canal Rede Rio TV, afirmou nesta quinta-feira, 08, em uma transmissão ao vivo, uma série de informações envolvendo Daniel Mastral, o ex-satanista e autor, conhecido por sua trajetória cheia de polêmicas e que foi encontrado morto aos 57 anos, no último domingo, 04. O corpo estava na Aldeia da Serra, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. A suspeita é de que ele tenha cometido suicídio.

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Ao longo da live, a comunicadora deu detalhes das investigações e os processos em andamento contra Daniel Mastral, que incluem suspeitas sobre sua possível responsabilidade na morte de sua esposa, Isabela Mastral. Ela era médica e escritora, e morreu após sofrer uma parada cardíaca causada por um infarto agudo do miocárdio, em 2021. Na época, a mulher tinha 52 anos.

De acordo com Mastral, a mulher, que sofria de diversos transtornos psicológicos, como depressão grave e transtorno de personalidade borderline, tomou medicamentos para dormir e, ao perceber que a situação estava ficando grave, ele teria chamado uma ambulância. Cíntia foi levada ao hospital Albert Einstein, onde teria falecido, de acordo com o escritor.

Contudo, a versão dele começou a ser questionada quando laudos periciais apontaram que a causa da morte de Cíntia pode ter sido uma overdose de medicamentos. O exame toxicológico mostrou a presença de diversas substâncias, incluindo midazolam, oxicodona e morfina, que podem ter contribuído para o infarto. A perícia também levantou dúvidas sobre a possibilidade de suicídio, suicídio assistido ou até mesmo homicídio, já que o cenário no local da morte mostrava sinais de uma manipulação.

Em 2022, uma testemunha procurou o Ministério Público de São Paulo para apresentar informações que implicariam Mastral na morte da esposa. Então, o inquérito, que tinha sido arquivado, foi reaberto. A testemunha, que pediu para continuar anônima por ter medo de colocar sua segurança em risco, disponibilizou mais provas, como mensagens de WhatsApp, que sugerem que Mastral estava envolvido na compra ilegal dos medicamentos que causaram a morte da médica.

Também apareceram acusações de que Mastral teria convencido os socorristas a transportarem o corpo de Cíntia ao hospital, apesar de ela já ter morrido em sua residência, para supostamente tentar evitar complicações legais. As novas informações levaram o Ministério Público a solicitar uma investigação aprofundada, com novos depoimentos de pessoas próximas como o pastor Caio Fábio, que justificou ter conhecimento de declarações de Mastral sobre o caso.

A morte de Daniel Mastral

De acordo com a Polícia Civil, moradores da região ouviram um “estampido”. O local foi preservado pela Guarda Municipal de Barueri e o caso foi registrado como suicídio.

Ele ficou famoso pelo livro Filho do Fogo, que conta com três volumes. O teólogo se denominava como um ex-satanista e participava de diversos podcasts. Daniel Mastral tinha um canal no YouTube com mais de 780 mil inscritos.

Em uma entrevista em fevereiro, ele disse que abandonou o satanismo porque o instruíram a fazer um sacrifício humano. Contudo, afirmou que não tinha sangue frio e nem coragem para fazer isso, o que o levaria a aumentar o grau de poder e hierarquia na seita pagã.