A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando Juliana de Pádua Lacerda, viúva de Guilherme de Pádua, por associação a uma quadrilha de estelionatários. De acordo com reportagem do portal LeoDias, o nome da viúva está fichado em uma série de crimes de estelionato, com golpes aplicados em loja de açaí, empresa de móveis e até idosos. Um imóvel deixado pelo ator após sua morte teria sido usado pela viúva em esquemas com seus comparsas.
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Segundo a polícia, Juliana de Pádua decidiu entrar para a quadrilha após ela mesma cair em um golpe deles. Na época, os criminosos atuavam em Recife (PE), e fizeram com que Juliana transferisse a quantia de R$ 40 mil reais, via pix, como investimento em uma empresa que posteriormente ela descobriu ser “fantasma”. A viúva do assassino de Daniella Perez também deu um carro como pagamento de outra parte do combinado, também no valor de R$ 40 mil.
Ainda assim ficou faltando dinheiro e os membros da quadrilha viajaram até Belo Horizonte (MG) para cobrá-la. Endividada, Juliana propôs entrar para o mundo do crime e abriu mão de tudo, indo embira com os bandidos e bloqueando todos os familiares das redes sociais.
Golpes aplicados
De outubro para cá, a quadrilha aplicou centenas de golpes em vários lugares diferentes. Em um único CNPJ descoberto pela polícia já constam mais de 200 boletins de ocorrência. Contudo, nos últimos meses os crimes têm sido praticados no município de Pedro Leopoldo, indicando a localização dos golpistas.
No golpe mais recente no qual consta o nome de Juliana, uma senhora de mais de 60 anos acusa ela e seus comparsas de extorsão. A idosa registrou o boletim de ocorrência em fevereiro numa delegacia da cidade, citando nominalmente quatro pessoas acusadas, incluindo Juliana de Pádua. A senhora alega ter perdido um valor de cerca de R$ 22 mil reais entre transferências, empréstimos bancários e vendas para essa quadrilha, que a iludiu com promessas de fazer fortuna.
O dono de um estabelecimento de venda de açaí também registrou um boletim de ocorrência em Pedro Leopoldo contra a quadrilha. Ele acusa Juliana de ter se passado por um homem para pedir a entrega de mais de R$ 100 reais em açaí pelo aplicativo. O “homem”, porém, nunca pagou. Nos autos do documento consta que Juliana de Pádua, sob falsa identidade, inventou desculpas durante alguns dias até desaparecer.
A viúva também teria passado a perna em uma vendedora de móveis usados, deixando um prejuízo no empreendimento e causando danos aos clientes.
Juliana casou-se com Guilherme de Pádua em março de 2017. Na época ela se apresentava como estilista. O condenado pelo assassinato de Daniella Perez morreu em novembro de 2022, quatro dias depois de completar 53 anos, em sua residência em Belo Horizonte, vítima de um infarto.
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