Um pastor evangélico da Assembleia de Deus de Brasília (Adeb) está sendo acusado de trair a esposa com uma fiel da igreja. Revoltados com a falta de ação da instituição diante do caso, alguns membros expuseram o pecado e deixaram a assembleia.
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Segundo reportagem do Metrópoles, o pastor adúltero se chama Manoel Pereira Xavier, de 51 anos, que atualmente coordena o Setor 2 da igreja, situado em Ceilândia Sul. O homem foi flagrado saindo de um motel com a esposa de um dos fiéis.
A família de Manoel comanda a igreja conhecida pela tradição e doutrina rígida, um dos irmãos dele, o pastor Orcival Pereira Xavier, 68 anos, é o presidente da Adeb. Por conta dessa ligação familiar, as lideranças da igreja tentaram encobertar o adultério.
Flagra no motel
O escândalo ocorreu no início de junho e foi exposto pelo perfil Adeb Notícias, no Instagram. Segundo a página, um homem estava desconfiado das visitas constantes de Manoel à casa da ex-esposa. Em abril, ele procurou outro pastor da congregação para reportar a suspeita de traição.
Ao saber que Manoel se encontrava frequentemente com a esposa do homem, o pastor que recebeu a denúncia contratou um detetive para apurar os fatos.
O detetive conseguiu confirmar a traição ao monitorar o pastor com um rastreador. Ele descobriu que Manoel e a “irmã” da igreja faziam visitas frequentes a um motel em Ceilândia.
Um dia, quando o rastreador apontou que Manoel estava no estabelecimento, alguns membros da igreja foram até o local para saber se, de fato, era o pastor que estava no carro. O grupo tentou abordá-lo quando o veículo de Manoel foi visto saindo do motel, mas ele teria saído em disparada ao perceber a presença dos outros.
As fotos, vídeos e dados do rastreador que comprovavam a suspeita de traição foram levados ao pastor presidente Orcival Pereira, irmão de Manoel, que teria minimizado a situação, alegando não ser possível afirmar que era mesmo o pastor que estava no veículo visto no motel.
Diretoria tenta amenizar situação
De acordo com o perfil que expôs o adultério, a diretoria da igreja convocou reuniões com pastores próximos para tentar convencê-los de que Manoel estava sendo vítima de “um levante do inimigo e calúnias de pessoas inescrupulosas querendo derrubar” o pastor adúltero.
“Que os fatos sejam apurados, que caso seja verdade, o pastor possa ser recuperado, passe pela disciplina, para voltar a ser exemplo para os fiéis”, escreveu o perfil de notícias.
Porém, segundo reportagem do Metrópoles, muitos membros se decepcionaram com a postura da igreja diante do caso e saíram da assembleia após terem visto as provas de traição do pastor.
“Segundo o regimento da igreja, qualquer pessoa que comete esse pecado, deve ser no mínimo afastada, mas nada foi feito no caso dele”, afirmou uma fiel que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com a página de notícias, houve uma reunião entre pastores coordenadores de alguns setores na última terça-feira, 26, para discutir o adultério do pastor Manoel. No entanto, na ocasião foi dito que o ministro que tinha as provas da traição teria sido ameaçado a não levar o caso adiante.
“Diante das acusações de supostas ameaças, o mínimo que se esperava era a criação de uma comissão isenta, para apurar fatos, buscar ouvir todos os envolvidos, mesmo diante da recusa do causante em levar o caso a diante, buscar entender os fatos que o levaram tomar essa decisão, pois o dano maior já está estabelecido e toda a instituição está em descrédito”, postou o perfil.