Lexa e MC Guimê podem ser presos por causa de uma dívida de mais de R$ 5 milhões de uma mansão de Alphaville, em São Paulo. Os dois moraram no imóvel quando eram casados e enfrentam uma batalha na Justiça contra a dona da residência, que acusa os dois de ocultarem bens para não quitarem o débito.
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De acordo com Fabíola Reipert, a defesa da mulher que negociou com os artistas pediu bloqueio dos cachês e dos passaportes deles, e a penhora de uma casa comprada por Lexa no Rio de Janeiro depois da separação. “Muito embora tenhamos lutado muito no processo para que possamos receber os valores. Já pedimos o bloqueio de passaporte, a constrição da carteira de habilitação e dos valores que recebem através dos trabalhos e, mesmo assim, estamos tendo dificuldades em receber porque nada se encontra em nome dos devedores”, disse Jaqueline Fernandes, a advogada da autora da ação.
Ela falou sobre os próximos passos do processo. “Então, diante disso, a gente tomou uma decisão de partir para a esfera criminal. Já tenho o protocolo desse pedido de reconhecimento de fraude a execução. Fraudar a execução é prevista a pena de seis meses a 2 anos”.
Lexa e Guimê são os devedores no processo mesmo separados, isso porque, na ocasião, eles eram casados em comunhão total de bens. Segundo a denúncia, os dois compraram a mansão e deram uma entrada, parcelando o restante, só que nunca pagaram as parcelas. Eles foram despejados na época e a proprietária acusa o ex-casal de entregar o local destruído.
A penhora dos bens de Lexa e as consequências para a cantora
O recurso da funkeira para que seus bens não sejam penhorados pela Justiça para quitar uma dívida de MC Guimê foi negada em setembro de 2023. De acordo com o jornal Extra, o juiz Bruno Paes Straforini declarou que “cada um dos cônjuges ainda possui responsabilidade perante os credores do outro”, já que se casaram em comunhão universal de bens.
A decisão é a respeito do processo aberto contra o funkeiro após ele comprar um imóvel de luxo em Alphaville, em São Paulo, em 2016, e não conseguiu efetuar todas as parcelas do pagamento. A mansão comprada por MC Guimê valia R$ 2,2 milhões, e ele deixou de pagar R$ 777 mil. Depois que os donos ajuizarem uma ação contra o cantor, ele foi condenado a pagar R$ 421 mil por honorários advocatícios e as correções sobre o valor devido. Atualmente, a dívida é estimada em mais de R$ 5 milhões.
A Justiça determinou que Lexa arque “com as custas, despesas e honorários advocatícios, no importe de 10% do valor da causa”. Ainda de acordo com o EXTRA, em decorrência à derrota judicial, a artista pode ter 30% de seus rendimentos mensais , do quanto ganha com a reprodução de suas músicas em plataformas digitais, para o pagamento.
Os dois chegaram a argumentar que quando a negociação da mansão foi feita eles ainda não eram casados, mas a justificativa não foi aceita pelo juiz. A dupla também tentou alegar que, durante tudo isso, aconteceu um divórcio. Entretanto, os papéís foram assinados em 2023, mas não houve partilha dos bens. Então, foi determinado que os dois continuam responsáveis pelos problemas um do outro.
A penhora dos bens de MC Guimê
O funkeiro teve seus saldos bancários bloqueados e os bens penhorados pela Justiça de São Paulo, incluindo prêmios e cachês adquiridos ao decorrer de sua participação no BBB23. MC Guimê justificou que não finalizou o pagamento da casa, porque não recebeu nas condições combinadas.
O ex-BBB teve que voltar às redes sociais no final de abril, para falar a respeito de um assunto complicado: um processo que vem enfrentando na Justiça por conta de tentativa de compra de uma mansão em Alphaville, São Paulo. Em seu Instagram, o cantor contou o que aconteceu, disse que saiu de lá por conta própria e disse que não vai mais falar sobre isso.
“Vim falar de um assunto extremamente desgastante pra mim, que já me fez passar por diversas situações desagradáveis (…). Vou ler um texto que eu fiz, com as minhas palavras, pra que eu não perca a sequência do raciocínio e consiga pontuar tudo aquilo que eu acho necessário no momento. É uma longa história e, pra ser breve e objetivo, vou começar do início”, declarou ele.
“Um sonho que se tornou um pesadelo. No final de 2015, resolvi comprar um imóvel, com uma agenda cheia de shows e compromissos, não tinha tempo pra ficar acompanhando todos os passos da negociação e, na época, também, confiava essas tarefas a algumas pessoas que já não fazem mais parte do meu ciclo de amizade e trabalho”.
“Sendo assim, apenas confiando nestas pessoas, assinei um contrato muito ruim e não fazia ideia dos problemas que isso poderia me trazer e trouxe. De início, foi combinado um pagamento para que eu pudesse entrar na casa, paguei, mas não entrei. Comecei a perceber que tinha algo de errado”, falou sobre o contrato.
“Quando achei que as coisas seriam resolvidas, fui avisado sobre uma outra pessoa que era considerada proprietário legal da casa, que eu haveria de pagá-la também, com urgência, senão perderia os bens e valores que já tinha dado. Traduzindo: eu tava pagando a casa para uma pessoa, achando que era um único dono, quando, de surpresa, me apareceu outro dono, que tinha provas de que era dono. Vocês conseguem entender?”, completou.
Em seguida, ele falou sobre o prejuízo que teve. “Fiz um acordo com essa pessoa, realizei os pagamentos que me custaram mais de um milhão de reais. E continuei cumprindo os meus deveres pra conseguir ter o imóvel ou, pelo menos, não perder tudo que tinha investido. Porque, nesse meio tempo, já tava perdendo bastante. E não falo só de finanças e bens materiais, mas também de tempo e paz”.
Depois, o funkeiro disse que foi intimado a sair da mansão. “Infelizmente, em uma extensa briga judicial, as coisas foram piorando e só causando mais tormento, tristeza e arrependimento de ter entrado nessa. Em 2021, decidi sair do móvel para seguir nova vida, em novo lar, enquanto o processo ia se resolvendo na Justiça. Vale lembrar que ninguém foi despejado e quando tiveram a decisão de retomada de posse do imóvel já não havia ninguém morando mais lá”.
“Eu não gostaria mais de falar nesse assunto aqui, nem gostaria de ter falado. Porém, fizeram questão de expor enquanto eu estava confinado sem poder responder. Então já deixo claro aqui que, daqui pra frente, o desenrolar dessa história cabe a mim, aos meus advogados e à Justiça”, encerrou.
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