A Justiça de São Paulo recusou o pedido de exumação do corpo de Gal Costa e fez uma exigiu que a polícia faça uma investigação sobre um possível crime na morte da cantora que ocorreu em novembro de 2022. De acordo com informações do G1, foi entendido que a solicitação de Gabriel Burgos, filho da artista, ultrapassa a esfera administrativa e registral da Vara de Registros Públicos, que ficou responsável por analisar o requerimento.
A juíza ainda pediu que o processo seja encaminhado à polícia, por meio da Central de Inquéritos Policiais e Processos (CIPP), para apuração dos fatos narrados por Gabriel e investigação de possível crime cometido por Wilma Petrillo, viúva de Gal Costa.
O decreto nº 16.017/80, que trata do tema, diz que “fora dos prazos estabelecidos […], a exumação de corpos poderá ser autorizada, previamente, pela autoridade sanitária estadual nos casos de interesse público comprovado, bem como nos de pedido de autoridade judicial ou policial para instruir inquéritos”.
O rapaz pediu à Justiça de São Paulo autorização para que o corpo da cantora seja exumado e passe por necrópsia. O único herdeiro questiona a informação do atestado de óbito e quer uma perícia judicial para determinar a causa da morte da famosa.
De acordo com o documento, Gal teve um infarto agudo no miocárdio. A certidão descreve ainda como causa da morte uma neoplasia maligna [câncer] de cabeça e pescoço. O herdeiro diz que, um dia antes do falecimento, a mãe estava aparentemente bem de saúde.
O advogado dele ainda diz que Gal teve “morte natural por causa desconhecida”, e não infarto agudo do miocárdio. De acordo com ele, no momento da morte, não havia nenhum médico que pudesse atestar o verdadeiro motivo do falecimento.
A petição declara também que Wilma, que é madrinha de Gabriel, recebeu o Samu no local da morte e proibiu “qualquer autópsia que fornecesse maiores informações e determinando desde logo o sepultamento em jazigo particular, de acesso restrito”.